quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Saturno e Saudade

Olha pra mim.
Vê esses olhos?
Vê essas mãos que dançam no ar distraídas?
Escuta o que eu falo. Escuta o tom da minha voz. Minha risada.
... Percebe?
Eu sou uma Sonhadora Compulsiva. Minha cabeça não pertence a esse mundo.
Se tu me impede de sonhar, querido, eu definho.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Infinitos limitados

Você morre um pouco mais quando deixa de tomar sorvete, quando não para pra sentir o cheiro de uma flor e quando não responde ao bom dia do desconhecido na rua.
Você morre um pouco mais quando adia aquele plano que te faz sorrir, quando não faz a viagem dos seus sonhos, quando "não tem tempo" pra ver quem te faz bem.
Tu morre um pouco mais quando deixa o medo te impedir de dizer "eu te amo", quando deixa tudo pro amanhã, quando não está inteiramente naquilo que está fazendo.
Você morre um pouco mais quando o orgulho te domina, quando a segurança te acomoda, quando você não sente mais nenhum frio na barriga.
Você morre um pouco mais a cada escolha. Certa ou não. Ao escolher qualquer coisa, você mata a possibilidade que ficou pra trás. Aceite isso.
Você morre um pouco mais sempre que age de acordo com o julgamento dos outros, quando carrega o peso de querer ser perfeito, quando deixa partir alguém que te faz feliz.
Essa carta é pra você. Essas palavras são pra você. Eu só ando pensando nisso e acho que acaba sendo uma carta pra mim também. Acho nos matamos um pouco todo dia, deixando pra depois o que talvez não dure até depois.
Eu queria que esse fosse um texto sobre sorvete e só. Mas não dá. Além do sorvete e das flores, eu tenho uma constante sensação de que estamos amortecendo a felicidade. E isso envolve mais as coisas que não vejo do que as que vejo.
Não basta fazer o certo e simplesmente esperar.
Porque a gente morre um pouco mais toda vez que deixa de viver.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Ir(?)


Faça o caminho valer a pena porque o destino pode não ser o que você pensa.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Sete dias de cheia

Eu afastei tudo que me fizesse sentir saudades de você. Evitei suas camisetas, o cd do Los Hermanos. Evitei teu cheiro, evitei olhar pro céu, evitei lanchonetes e restaurantes. Não abri a caixa de fotos que fica na gaveta, não li meus antigos poemas. Evitei passar pelos lugares que abrigaram noites de frio, evitei falar sobre os planetas e sobre as estrelas. Eu fiz de tudo pra não checar as mensagens do celular, eu tentei não pensar no tempo. Eu evitei um lado da cama e me neguei a falar de amor. Eu me esforcei, eu juro. E me dei conta de que eu poderia evitar trajetos, conversas e vontades e ainda assim, eu estaria sentindo sua falta. Porque tu tá impregnado na minha alma como o cheiro de chuva no asfalto quente, como o cheiro de café pela manhã.
Eu quis falar pra você do cachorrinho de 3 patas de vi na segunda feira.
Você foi o primeiro que eu quis contar sobre minha publicação na revista.
Eu quis te ligar quando senti medo no sábado.
Eu queria ter falado do sonho que tive noite passada.
Eu quis fazer uma piada com o que você disse sobre o Ramones.
Eu tentei fingir que não pensei em você nos últimos dias.
Tentei fingir que não senti sua falta o tempo todo.
Eu queria não estar pensando em você quando eu estava no ônibus essa tarde. E eu queria não precisar segurar o choro quando justo nesse momento tocou Rubel nos fones. Eu queria, eu tentei, mas não consegui.
Eu queria não ter mentido quando respondi ‘tudo bem’ quando você me perguntou como eu estava.
Eu queria ter pensado em qualquer outra coisa nos últimos dias que não fosse o calor que existe quando você tá aqui.

Eu queria, juro que o que eu mais queria nesse momento era saber não sentir sua falta, mas ainda não sei fazer isso. Não sei nos ver com a tranquilidade de quem não tem urgência de viver. Não sei não ter o coração palpitando acelerado, não sei evitar o frio na barriga que dá ao pensar em te encontrar na rua sem querer. Eu não sei como fazer pra não querer te ter por perto, como fazer pra não querer dividir as coisas com você. Eu não aprendi a arranjar inúmeras prioridades que venham antes de ti. Eu não aprendi a não ficar ansiosa pra te ver. Eu esqueci como é fazer planos pros meus dias sem te incluir. Meu deus, como é estranho sentir-se só assim. E o pior de tudo é que a única forma de aprender a fazer diferente envolve você também. Porque pra mim é difícil entender como se cultiva amor sem regá-lo com paixão. Me ensina ou então me ajuda nesse jardim... Mas vem logo porque depois de toda cheia, vem a seca impiedosa.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Regressivo

E eu olho pra frente. Encaro minhas escolhas.
"Vai dar tempo?"
Sabe... Não é a morte que me assusta e sim a falta de tempo.
Os caminhos que escolhi trilhar talvez sejam longos demais e talvez eu não esteja aproveitando bem o percurso. Minha vontade de dizer "eu consegui" me cegou perante ao "eu estou conseguindo".
Não cabe a mim escolher quem estará comigo nos meus próximos passos. Cabe a elas. Não cabe a mim decidir o tempo que resta ou onde eu estarei daqui pra frente. A única coisa que cabe a mim é ser uma boa companhia. Pra mim mesma. Porque no fundo é isso. É entender que a vida não tem roteiro. É sorrir pra quem escolhe ficar. É entender onde veio parar. É aceitar. Cada um por si(m).


sábado, 19 de novembro de 2016

Rua

Porque foi a rua que me ensinou o que é teatro. 
Foram nas calçadas e praças que eu descobri a troca, a poesia. 
Foram aquelas pessoas simples e surpresas, que me ensinaram que eu tinha apenas uma oportunidade pra mostrar pro mundo o melhor de mim. Foi a rua que me ensinou a abraçar o aqui e o agora. 
Me ensinou que eu preciso saber lidar com o inesperado, com mau humor e com dias de chuva. E que as vezes a gente tem que rebolar muito nos imprevistos pra aprender a sambar! Mesmo assim, eu aprendi que a arte feita com alma supera tudo e qualquer coisa. 
Na rua eu aprendi que amo teatro! Que a poesia pode virar ponte entre corações! A rua ensina que o artista que deve ser útil a ela e não o contrário. 
A rua não tem gênero, idade, orientação sexual, cor, religião nem classe econômica. A rua não tem preconceito. A rua não tem dono. A rua une. A rua faz as histórias se cruzarem num farol, as risadas se encontrarem em esquinas, a empatia nascer numa calçada, amores durarem apenas um piscar de olhos, estilhaços se remendarem em suas curvas. 
Se vocês pudessem ver a arte que pulsa enquanto vocês correm apressados pros seus compromissos, eu tenho certeza que desacelerariam um pouco. 
Hoje eu posso dizer que 90% do meu trabalho de artista, aquele feito com a essência da alma, é feito nela, na Rua! 
Gratidão, minha querida amante, por fazer da minha arte a forma mais prazerosa de se fazer amor! 
Da sua atriz, poeta, pseudo malabarista e da sua menina que divide contigo os sorvetes nos dias de calor ❤️


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

domingo, 30 de outubro de 2016


Tenho amor correndo nas veias


Tenho amor correndo nas veias.
Meu coração o bombeia através de todo o meu corpo, embriagando e dopando meus órgãos causando um torpor constante onde a Fé e a Coragem dirigem minhas escolhas em tempo integral.
Tenho amor correndo nas veias.
Em meio a todo tipo de decepção já desejei inúmeras vezes aprender a ser calculista, ponderada e insensível. Mas tudo que sei fazer é criar um novo dia tão inundado de fascínio quanto ao anterior.
São ciclos que definitivamente não cessam.

Tenho amor correndo nas veias.
E por assim ser, não tenho a pretensão de dizer que emano amor por onde passo. Não poderia dizer que o distribuo, pois ninguém se desfaz do que nos é vital. Mas ele se mantém no reflexo de meus olhos. Deixa visível o corpo em que habita.

Tenho amor correndo nas veias.
Se não por alguém, é por algo ou algum lugar. Fui fadada a viver me entregando pro mundo, sendo inteira nas relações, sonhando alto demais, intensificando todo simples momento, criando lembranças inesquecíveis, indo onde ninguém vai, arriscando tudo que tenho em nome desse sentimento que pulsa dentro de mim.

Eu tenho amor correndo nas veias.
Não é uma opção. Não é uma escolha. É a única forma que existe de me manter viva. E é assim que meus diferentes me matam dia ou outro.
Meu corpo adoece ao ver lágrimas que correm na face de quem perdeu as esperanças.
Minha vista perde cores ao ver alguém desistir de um sonho.
Meu coração se aperta dolorosamente ao ver que o princípio vital de outros seres, tão semelhantes a mim, é o orgulho.
Morro um pouco cada vez que vejo a ganância guiando a vida de alguém. Quando vejo o egoísmo fazendo escolhas. Quando sinto o medo na fala de um visionário. Quando vejo o abandono da felicidade, aquela felicidade no caráter mais puro e lindo da palavra. Morro um pouco mais toda vez que vejo alguém sem coragem.

Eu tenho amor no lugar de sangue. Eu respiro permuta, eu penso força e vivo de recomeços. Porque nasci de estrelas, porque tenho o afago morando na ponta dos dedos, porque meus sorrisos vem da alma e porque eu acredito que em algum lugar do mundo existem pessoas como eu. E mesmo que eu seja sufocada todos os dias por aqueles que não sabem o que é o amor, eu não desisto. Não vou desistir porque até hoje, o próprio Amor foi o único que me mostrou o quanto vale a pena viver. Com ele, por ele e pra ele.
Eu sou o amor que corre em minhas veias.
Eu sou o amor que paira no universo inteiro.


sábado, 15 de outubro de 2016

Inteligentes...

Vem cá, vamos conversar de verdade.
A partir de agora, eu não quero que você me fale sobre nada que eu possa encontrar na Internet.
Não me fale de dados, estatísticas, referências.

Não me aponte constelações espaciais nem localização planetária. Me fale do que você acha que tem do lado de lá do universo.
Eu não quero saber sobre o que tá acontecendo no quadro político atual e muito menos o nome dos envolvidos. Quero saber sobre o que você acredita que pode ser feito por nós pra tornar o nosso país, um lugar melhor.
Não fale sobre obras importantes da literatura, sobre diretores de cinema renomados, sobre os conceitos artísticos de algum artista plástico. Me explica o que cê sentiu quando viu aquele quadro bonito, me fala o que mudou em você depois daquele filme, me fala do que você lembra com a sua música favorita.

Me conta algo engraçado que cê já passou.
Me fala do que você gosta de fazer quando chove.
Me diz quantas loucuras você já fez por amor.
Me convence que você acredita em sonhos.
Me faz pensar sobre suas inquietações.
Me mostra suas dúvidas mais banais.
Pergunta minha cor favorita, meu maior medo, o que eu faria se eu fosse um passarinho!

Eu não quero saber de grandes nomes, grandes datas, grandes influências históricas, grandes fatos. Eu quero descobrir o quão grande VOCÊ é.

Vem cá. Vamos conversar de verdade.


Insana

Nas madrugadas de insônia eu me pergunto:

Como seria o dia de amanhã se hoje eu decidisse ter coragem pra um recomeço?


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Irremediável

O tempo é traiçoeiro.
É delírio acreditar que ele é aliado do irresoluto, do indistinto, da dúvida.
Quando menos se espera, ele já deixou os planos amarrotados em gavetas e deu o benefício da frustração praqueles que optaram por remediar a própria felicidade.
O tempo nem sempre dá segundas chances.
Não se acomode no que é apenas suficiente.
Sonho sem ação, é ilusão.
Mexa-se.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Fragmento

Ontem você me perguntou se eu tinha medo.
Eu disse que sim.
Eu sempre soube que sim.
O engraçado disso é que acaba sendo algo bom.
Medo não é um sentimento positivo, eu sei, claro. Mas coragem é. Eu sempre tive medo. Mas incrivelmente nunca me faltou coragem quando o assunto era nós dois.


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Dois rios

Aqueles filetes de água corrente percorriam superfícies irregulares. Dois rios com suas nascentes distintas, com seus caminhos devidos.
Rios que seguiam a diante com a força que sua natureza exigia. Cursos de água que carregam consigo a vitalidade do Ser.
Até que, inesperada, a cheia chega e os rios transbordam.
Há quem diga que viu onda feito mar naquele fluxo intenso de tudo que se cabe no espaço de dois rios... Os rios misturaram-se.
E por um tempo ficaram ali, trançando suas rotas, sem distinguir pra onde iam.
Impossibilitados de separarem suas águas, ambos seguiram escorrendo à frente, transformando queda em cachoeira, criando correnteza pra servir de rumo à intensidade.
Os dois rios desaguaram então num oceano pra não serem mais dois e sim, pra fazerem parte de um só.
E é isso. Esse é um poema sem fim. Sem fim até que eu possa sentir um dia os rios sendo chuva, caindo sobre mim...

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Da pressão

Os ombros, até então caídos, alinham-se novamente.
O passo firma, o peito estufa.
A força ressurge da única faísca que morava na brasa. Sente falta de ser chama.
Segundos decisivos pra quem há meses não sentia nenhum calor em si.
Os olhos vazam compulsivamente. A face rubra delata toda força que se utiliza pra manter-se em pé.
Ainda assim, meus punhos estão cerrados, os olhos encaram de frente a jornada que tenta intimidar.
Ofegante, dispo-me do medo, do assombro, e do peso, encontro a coragem nua e inexplorada.
Num grito ensurdecedor, uso cada centímetro cúbico do meu fôlego pra manter resistência.
Não vai ser hoje.
Hoje eu não vou desistir de mim.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Vagueando

Imagina só um mundo onde as pessoas não tivessem medo de serem felizes.
Imagina a loucura que seria se ninguém mais se importasse com o julgamento ou olhares tortos dos outros!
Não, melhor! Imagina como seria se ninguém mais julgasse ou olhasse torto pra alguém!
Fico pensando quando vamos entender o que é ser livre.
Fico divagando sobre uma utopia onde as pessoas sabem ir atrás dos sonhos com segurança e determinação, sem amarras. E que nunca em hipótese nenhuma, as amarras estejam presas em outro alguém.
Um lugar onde a gente não se ofenda com a alegria do outro.
Um mundo onde as pessoas não são separadas em boas e más.
Um lugar que ao invés de conselhos e frases cheias de "você deveria fazer isso...", "comigo não é assim, eu faço desse jeito...", "por que você não tenta dessa forma..." existam pessoas que digam "o que eu posso fazer pra você se sentir melhor?", "pode falar, eu vou te ouvir... ","vamos resolver isso juntos".
Por um mundo onde eu consiga sorrir sem ferir ninguém. Por um mundo onde as pessoas possam e queiram estar por perto do que amam, sem medo, sem nada a perder.








segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Casulo

O recurso no qual encontra aquele que já chegou ao seu limite.
É a decisão de quando não se sabe mais como seguir da maneira que se está.
É não reconhecer-se.
É não enxergar seu lugar.

E de repente, não mais que um de repente que sucede uma longa angústia, tudo fica pra trás.

O silêncio que ajuda a escutar.
O isolamento necessário.
A quietude de quem não sabe mais o que dizer.
Cria-se a carcaça rígida ao redor.  
E a solidão torna-se inevitável e imprescindível.

Presta atenção nesse momento.
É onde tudo muda.
Escreve o que eu tô dizendo.
É quando a velha vida não é mais suficiente.
É quando entrega-se os pontos, entendendo que a transformação é imperativa.

O que vem à frente eu não sei.
Mas o que tem pra agora eu já não quero mais.


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Abandono

Reaparecem.
O que querem?
- Escutem...
- Não, escute você... . - Me dizem.
E eu escuto.
Escuto tudo.
- Disso eu já sei. - Lamento. - O que eu não sei é o depois.
E se vão antes mesmo de eu terminar a frase.
O eco que fica, me rouba a noite.
Perco o sono.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Insônia


Quando a noite rouba o sono, 
A madrugada vira verso. 

Gaveta

(...) E eu sinto que tenho guardado coisa demais.
Não consigo entender o que se passa por aqui.
Eu evito pensar em algumas coisas porque não sei se consigo lidar com as respostas que encontrarei.
Eu tenho me sentido sufocada.
Eu tenho transformado tudo isso em raiva, impaciência, intolerância e mágoa. Tenho exteriorizado aquilo que não consigo suportar de forma cruel.
E é por isso que escrevo essa carta. Pra pedir perdão àqueles que eu amo e a quem eu tenho tratado tão mal ultimamente. Não é culpa de nenhum de vocês. Mas eu também não consigo assumir a culpa por algo que eu não tenho controle ou que não escolho pra mim.
Por favor. Me ajudem.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Diário #2

Há um ano e 2 dias atrás eu ria e sorria descontroladamente.
Lembro de estar tremendo de frio, de baixo da chuva e com os pés na areia.
Lembro daquela primeira noite de chuva e do ruído da TV.
Há um ano atrás eu começava a acreditar ser possível, vislumbrava minha vida de uma maneira mais colorida, sentia um calor se contrapondo ao mau tempo daquele dia.
Há um ano e 2 dias atrás a entrega se completava e atingia um novo patamar de permuta.
Há um ano atrás eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo.

3 dias depois, ainda há um ano atrás, eu vi tudo desmoronar. Amanhã completa um ano desse dia. Amanhã faz um ano que travo a maior batalha interna da minha vida. Que venho lutando pra me manter firme, um ano que minha fé me testa todo dia.
Não tem sido fácil. Nem um pouco. Mas eu ainda tô aqui.
Existem dias bons e outros nem tanto, mas em todos eles eu fui capaz de me manter de pé.

Voltemos ao presente. Há dois dias atrás eu vi tudo desmoronar de novo. Um pouco mais. Tudo que eu havia reconstruido, parece estar ruindo novamente. 366 dias separam uma Carolina plenamente feliz, segura e satisfeita dessa Carolina completamente perdida, opaca e assustada. Opostos de chocar qualquer um.
Amanhã eu encontro a Carolina do dia 15/set/15. Talvez estejamos mais parecidas do que nunca. Mas eu tô esperando um milagre. Um milagre que faça que amanhã eu esteja num oposto de surpreender qualquer um também, assim como dois dias atrás. O passado não se muda, eu sei. O que me resta é ir pro amanhã da melhor forma possível, arrancar força sei lá de onde pra quando eu encarar aquela Carolina nos olhos, poder dar esperança à ela. Poder dizer, com sinceridade: "ficaremos bem".





quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Sacada

Tão embaralhada, emaranhada e misturada que o dia pareceu fazer o mesmo e desalinhar a noite, a tarde e a manhã.
No instante em que olhei pela janela eu já não sabia as fronteiras da minha alma e nem reconhecia as barreiras do céu.
Era o Tempo brincando de amar mais uma vez.


Quase sem querer

Tem coisas que a gente não escolhe escolher.
Mas acaba sendo a melhor escolha que nos acontece.
Tá aí a beleza do acaso.

05💛

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Diário

Tô indo pra segunda noite de insônia braba.
Motivos? Listei pelo menos 9.
9 com suas devidas ramificações.
Não ter como organizar os pensamentos é o maior intensificador dessas longas noites.
Não tá tudo péssimo.
Mas não tem nada ótimo. E isso é péssimo.

Quando vejo o sol nascendo pelas frestas da janela, a angústia toma conta dos pensamentos.
Se uma pessoa não tem controle do próprio sono, é porque já perdeu o controle da vida há algum tempo.

"É quebrante!", disse um amigo meu.
Não duvido.
Obviamente não por olho gordo, suponho.
Mas esse negócio de não pedir perdão pesa demais.
Essa ansiedade atordoa.
Faz perecer que perdemos as pálpebras e é por isso que não fechamos mais os olhos pra dormir.
É quebrante sim. Eu me quebrando aqui e ali e deixando pra lá, talvez.

Fazem exatas 42 horas que não durmo.
A desorganização dessas linhas provavelmente refletem minha confusão ante a insônia.
Cês já passaram por isso?

- Devia ter me chamado.
Ouvi isso quando disse que passei a noite em claro.
Parece tão simples, não? Tão fácil.
E devia ser.
Tá bem.
Hoje chamei!
Mas logo depois dos primeiros diálogos trocados, PUFF. Conversa morta e enterrada.
Claro, não culpo ninguém pela minha falta de sono.
Durma bem!

- Sufocante.
Ela acabou de dizer.
Olha só. Encaixou como uma luva.
Obrigada, M.

Como eu ia dizendo...
O que eu estava dizendo?
Nem sei mais se disse ou só pensei.
O fato é que de tanto pensar, a gente acha que disse.
Por vezes, acha que ouviu.
E aí a bagunça está feita.
Realidade e imaginação misturadas no meu peito.
E no meio disso, sabe-se lá o porquê do aperto.

O fato é que toda noite de insônia dói.
Seja ela pelo cansaço físico,
Seja ela pelo cansaço emocional/psicológico.

A insônia guarda nossos pensamentos e verdades mais secretas.
Aquelas que nos fazem refém da própria consciência.
Seria castigo pela preocupação exacerbada? Ou então pela ansiedade descontrolada?
Não é castigo. É consequência.

À quem chegou até aqui,
VÁ DORMIR!
São quase duas e jájá é Segunda!
E a quem sorriu,
Eu sei bem. Essa ordem é privilégio de quem já dormiu.

Que as razões pelas quais o sono te fugiu tenham piedade agora.
Que o descanso chegue e que amanhã melhore.

Bons sonhos.



Pra não dizer que não falei dos Cosmos

Dois.
Um, responsável pelo reconhecimento, pelo lampejo, pela evidenciação.
Outro, pela morada, pelas promessas, pelos sorrisos.
Alinhamento cósmico.
Jupiter e Saturno.
E a nossa Lua, a testemunha.

domingo, 4 de setembro de 2016

Mar e tempestade

- Como estava a água?
- Não sei.
- Não entrou no mar?
- Não.
- Por que?
- Medo.
- Do mar?
- De mim.


Segredo e medo

[Esse texto foi apagado e reescrito por exatas 14 vezes. De todas, infelizmente fica apenas um do que já foram 8 parágrafos de um desabafo muito mais completo e real do que este. E eu sinto muito por não poder transmitir toda minha verdade dessa vez. Peço desculpas a você, leitor.]

A profusão de acontecimentos confusos que deixa a sensação de um lugar frívolo e baldado no peito. Ruir. A aflição de carregar nos ombros um peso só seu, de não ter coragem de dividi-lo com mais nenhum pedaço do mundo. A imprecisão da percepção da própria consciência. Ruir. A bifurcação da própria vida. O pavor das possibilidades. Constatar a solidão do calabouço mental.
R u i r.



sábado, 3 de setembro de 2016

Bateu saudade

Bateu saudade das noites de chuva
Da cama apertada
Da TV desligada

Bateu saudade do dia que acabou a luz
Das velas acesas no chão
Das risadas desafinadas acompanhadas pelo violão

Deu saudade da lua prateada
Do abraço envolvente
Do mar de cobertas quentes

Veio a saudade do dia gelado
Das caretas na foto instantânea
Das mãos dadas na realidade momentânea

Deu saudade de chorar de felicidade
De sentir a essência enlaçada
De sentir a alma abraçada

Senti saudade do amanhecer
Do entardecer e anoitecer
E como tudo se fundia pra enaltecer

Deu saudade de dormir fazendo cafuné
De acordar cedo no domingo
De viver cada segundo antes de sentir estar fugindo

Deu saudade...

Entenda...
É na saudade que te encontro.
É na saudade que te tenho por perto.
A saudade é a continuidade, meu sonho desperto.

domingo, 28 de agosto de 2016

Poesia de Saturno

A lua se prateou.
As estrelas estamparam o céu.
Jupiter e Vênus se beijaram durante a noite.

Saturno tem me ajudado com a saudade.
Tem sido casa.
Ou melhor:
Tem sido Lar.

Buracos negros dando espaço à Nebulosas.
O vácuo dando leveza à não-gravidade.

Os astros todos vindo me lembrar o que os Cosmos já me diziam tanto tempo atrás:
- Vai dar tudo certo.



sábado, 20 de agosto de 2016

Passei tanto tempo sendo o braço forte dos outros, que quando desabei, na minha forma mais grotesca, percebi que ninguém estava pronto pra fazer o mesmo por mim.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Caso.

Seu caos
Foi o caos
Que meu caos
Melhor casou.

No acaso,
Me acusou
De causar
O tal caso de amor.

E o caos
Se acalmou.

(01:01)

sábado, 13 de agosto de 2016

Ímpeto

Mente solta.
Liberdade aos pensamentos.
Em um instante, outro lugar.

O olhar perdido,
Sorriso que salta aos lábios.
Lembranças vivas.

Frases se perdem no caminho.
Palavras dispensáveis pra dizer o que se quer.
Saudade.

O coração e seus (im)pulsos.

A felicidade, impulsiona.

Avante!
Força, fé e a certeza vista no horizonte.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Pare(ser)

Eu o encorajava com frases fortes e otimistas.
(me sentia como um capitão que afunda com seu próprio navio)

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Ditados

"Te amo não é bom dia"
Experimenta acordar do lado de quem cê ama pra ver.

domingo, 31 de julho de 2016

"té amanhã"


Por um amor que fique um pouco mais,
Que divida o espaço da banheira,
Que te puxe pra perto durante a noite,
Que gargalhe das coisas simples com você,
Que te abrace forte no inverno pra mandar o frio embora,
Que entenda o motivo de seu silêncio,
Que conheça o mapa de suas curvas,
Que te dispa a alma e te veja nua em toda sua essência,
Que te faça cafuné até dormir(em),
Que acorde sorrindo ao te ver,
Que sorria pra você debaixo de uma cabana de cobertor,
Que reconheça que as camisetas dele ficam melhor em você,
Por uma amor que te ame nos pequenos momentos, sem precisar dizer.

#dialogos

"Lar comigo?"

(Porque "Casa comigo?" me parecia superficial perto da potência de um Lar...)

💛

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Galáxia

A constante sensação de que quanto mais eu tento fazer parte daquele universo, mais distante eu pareço estar.
Plutão, eu sei como é ser retirado de sua própria galáxia sem nada poder fazer.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Eu falei de você

Passei por um rapaz na rua e comentei com minha irmã:
 "que cheiro bom"...
Era o seu perfume.

Em uma outra noite eu vi o céu e achei Júpiter brilhando lá no alto...
"olha..."
Sorri. Foi você quem tinha me ensinado a achá-lo.

Semana passada me disseram:
"bonita essa camiseta"
"é, eu gosto dela... "
Era a sua.

Eu falei de você. Do jeito que pude.
Te escondendo nas minhas entrelinhas, mas sempre falando pra quem soube escutar.
É assim... Nos omito por aí.
Te encubro através dessa realidade escancarada.
Uma verdade clandestina.
Mantenho um amor em reclusão.
Mas eu falei de você. Do jeito que pude.

domingo, 24 de julho de 2016

Inconsonância

Tem muita coisa que eu gostaria de dizer.
Uma delas é que o silêncio me convém.

sábado, 23 de julho de 2016

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Saudade de essência...

Sou do tipo de pessoa que se apaixona fácil. Um sorriso, um cafuné, um olhar demorado e pronto.
Desapaixonar que sempre foi o problema.
Pra mim, todo amor é eterno, é infinito.
Já perdi a conta de quantos grandes amores eu já tive.
Mas não se engane. De todos eles eu me lembro bem do melhor.
E entre tantos "amor da minha vida" só um foi capaz de ser amor da minha alma.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dos invisíveis

O reflexo me mostrava cores bem mais belas do que a janela.
Olhei pra trás. O que vi, foi uma propaganda de celular na traseira do ônibus.
Voltei a olhar o reflexo.
Eram tons de laranja e rosa.
Um por do sol invisível.
Beleza escondida dos olhos desatentos.
Sorri.
Pensei nas coisas que nos acontecem, oportunidades tão similares àquele por do sol. Magia e encantamento oculto. A mostra apenas pros que se demoram no improvável...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Espera.

Andei pensando sobre o que andamos pensando nos últimos dias. 
Andei refletindo no real motivo de nossas lágrimas. 
Sobre o que permeia nossa confusão. 
Andei refletindo sobre a segurança de nossas certezas, sobre o medo de nossas dúvidas. 
A gente acaba apelando pros Cosmos, pedindo ajuda pro Universo. Pede resposta pra perguntas que nos tiram o sono e apertam o peito. 
A questão é que na maioria das vezes são justamente essas respostas que o coração já nos deu. Mas é difícil enxergar o óbvio quando insistimos em arranjar detalhes desnecessários pra complicar o que já sabemos. Porque as vezes a resposta pode exigir mais atitude do que a pergunta... As vezes é complicado lidar com o que o coração nos diz. 
É... É complicado.
E é complicado tentar pensar como outro...  Ou melhor: é doloroso ficar supondo que o outro pensa tão diferente quando temos a prova contrária disso quando se está junto. 
É essa a verdade. As coisas ficam todas difíceis quando se está separado. Mas quando se está junto de quem se ama... Bem... Pra ser sincera, tudo continua difícil, mas pelo menos é um difícil mais bonito, leve e colorido. 
É mais fácil ter coragem quando existe uma mão pra segurar, mesmo que na beirada de um penhasco, entende? 


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Caixa de Pandora


Sentia-se parte de lugar nenhum.
Via-se como peças tortas de um todo confuso demais.
Dificilmente as coisas se mantinham em ordem e os dias permaneciam com sentido.
Era fácil demais perder-se em si. Era fácil demais querer ir embora de um lugar que não se encaixa.
Até que esbarrou em outro alguém. Alguém que expôs uma realidade tão sinuosa quanto a sua.
Sem muita escolha, os caminhos retorcidos foram misturando-se.
Passaram a caminhar juntos por aqueles percursos. Reconhecendo o novo. Dividindo os passos fatigados. Conhecendo as paisagens do outro. Contemplando a singularidade existente naquela caminhada que lhes parecia tão familiar. As vezes não sabia-se mais qual era emaranhado de quem. Era um labirinto.
Um labirinto onde estranhamente sabiam o caminho... Pela primeira vez.
Com muita tentativa, alguns erros e tantos acertos passaram a entender a confusão do outro. Passaram a cuidar da travessia do outro. Passaram a enxergar que faziam parte que algo essencial, especial e único. Algo que só eles entendiam.
Pela primeira vez entenderam que suas peças tortas eram partes de um mesmo quebra cabeça que só agora passara a se completar. Só agora passava a fazer sentido, criar imagens.
Era naquele labirinto que sentiam-se encontrados.
Era encaixando suas peças que entendiam que estavam no lugar certo.
A cada curva do labirinto, descobriam um novo pedaço do quebra cabeça. Havia magia e encantamento nos becos e passagens, quando descobriam peças novas que se encaixavam. Quando descobriam que juntos, até a curva mais torta, era bonita.
O tempo foi passando.
Tinham a leve impressão que seu quebra cabeças não tinham fim. Que seu labirinto não tinha saída. Mas eles também não tinham pressa.
E ali estava a maior bênção ou a maior maldição dos dois.


terça-feira, 14 de junho de 2016

A história do reencontro de almas-irmãs.

Minha alma se desenlaçou de sua vestimenta e naquele instante o espaço tornou-se etéreo. Não havia mais corpo. Não havia mais Tempo.
Mirei.
Encontrei.
Reconheci aquela essência antiga que a tanto tempo se ligava à minha.
Como num delírio de saudade, numa sensação de miragem, o brilho ressurgiu.  Num idêntico deslumbramento, se refletiram, semelhantes.
Toque.
Ambas essências se fundiram. Se transformaram na pureza do amor transcendente que tanto partilhavam.
Cores.
Luzes.
Sons.
Memórias de tantas vidas recordadas como se fossem uma só... Aliás. Comparadas a eternidade de uma alma, há uma vida só realmente.
Por fim, o reencontro do que nunca se separou.
Por fim, um novo começo.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

12/06

Acordei no meio da noite com aquele abraço me encontrando enquanto ele ainda dormia...
Logo me envolveu, se encaixou aos meus contornos e só então voltou ao seu sono profundo.
Sem saber, ele me arrancava sorrisos toda vez que fazia isso.
Sem saber, eu tinha mais certeza da felicidade que vinha sentindo.



segunda-feira, 30 de maio de 2016

Sotaque

Ela tem um sotaque engraçado.
Parece que tudo que ela fala, ela puxa pro Amor.

domingo, 29 de maio de 2016

Presença abrangente


Você me tirou o direito da maior escolha que eu poderia ter feito. E com isso, levou toda a normalidade das escolhas insignificantes também. 

Espera.

Um dia você encontrará um motivo que não lhe deixará ir embora.
Um motivo que fará tudo ser diferente dessa vez.
E será esse mesmo motivo pelo qual você nunca mais terá vontade de fugir.

sábado, 14 de maio de 2016

Desabafo

Conciliar o conjunto de caos que se carrega nas costas pra não desistir.
Força, Carolina.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

terça-feira, 19 de abril de 2016

As dúvidas sobre o incerto e o instável

Se eu atravessasse um espelho e ele me mostrasse um mundo todo ao contrário,
Nessa outra realidade você estaria do meu lado ou já teria me deixado?

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Linha tênue

Desde pequena minha mãe já me dizia:
- Essa sua sede em querer viver o mundo ou te afoga, ou te leva a conhecer o mar inteiro.

domingo, 3 de abril de 2016

Força

Ele era um peixe fora d'água.
Ela era uma sereia na onda errada.

Ainda assim, decidiram se (a)mar.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Uma morte.
Assassinato.
3 tiros a queima roupa feitos por 3 pessoas distintas.
3 gatilhos puxados que mataram a sua melhor parte.
Um
A
Um.
Sonhos

E vontade.
Mortos.
3 tiros dados por aqueles que a deixaram morrer. Que nada fizeram. Que depois disso seguiram seus planos deixando claro que não havia espaço pra ela.

sábado, 12 de março de 2016

Recompensa

Amor não exige nada em troca.
Ainda assim, quando é amor, você tem vontade de fazer tudo em nome dele.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Mais dia, menos dia

Acorda. 
Lembra.
Sonho? 
Procura. 

Encara o vazio da cama. 
Vira pro lado e finge que não viu (ou que viu?) 

Suspira. 
Pensa. 
"Coragem!"
E vai. 



A rua. 
O hotel.
O parque. 
A praia. 

Trajetos mentais invadindo rotinas triviais. 

Buzina. 
Susto!
"OLHA POR ONDE ANDA!"
Quase.

"Olha por onde anda"

"Olha por onde anda"

"Olha por onde anda"

"Olha por onde anda"

As esquinas. 
As poesias. 
A avenida. 
"shhh, se aquieta, Cidade!"
E continua. 



E
S
C
O
L
H
A
S

Quem escolheu? 



Batuca. 
Inquieta. 
Respira... 
"Foco!"
E segue. 

Telefone 
- Alô? 
- Oi... 
- Oi. 
- Eu lembrei... 
"Eu não esqueci"



Três sóis se pondo. 
Um no céu. 
Dois nos olhos. 
Horário de verão e impiedade do tempo. 

A chuva.
A tarde. 
Ela.
Todos na mesma tempestade. 



Banho. 
... A banheira. 
Toalha. 
"- A grande?
- A grande!"




É loucura. 
Sempre é. 
Era impossível. 
Mas aconteceu. 
Acontece. 
Todo dia. 
Sempre que lembra. 



Estrelas. 
Júpiter. 
Vênus? 
Saturno. 
Risada. 

A lua... 
Fecha os olhos. 
Se entrega. 
Devaneio. 
A lágrima escorre, prateada. 

Telefone. 
Desperta. 
- Me encontra? 
- Onde? 
- Aqui. 

Horas. 
Por fim:
- Eu volto logo. 
- Eu (des)espero. 




sábado, 13 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Vi, são

"O amor é cego"

Ledo engano.
Eu passei a enxergar com mais completude e as cores agora são muito mais vivas. Passei a ver além do que eu via.

"Sem amor, somos míopes"

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Falta

Meus olhos sentem falta de serem lidos pelos seus, minha pele sente falta do arrepio ao toque teu. Meu pescoço ainda guarda o perfume pro teu cheiro, minha boca ainda espera o teu sorriso e o teu beijo...
Minhas madrugadas não são as mesmas sem nossa lua, minhas manhãs não tem tanta graça com a ausência tua.
Volta aqui, vem brincar de explorador no corpo meu, vem esquentar-me inteira e mostrar que ainda é todo meu. 💛

Manter a cabeça erguida

... E transformar a saudade em poesia.

Firme

Que a dureza do mundo aprenda conosco como há beleza em ser forte.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Remédio

Cachaça é soro pra coração debilitado.

Por que(m) você tem sido?

Quando se é uma pessoa repleta de absurdos,  
É normal que gente afundada na mesmice te ache esquisito.

Quando se é alguém que não acredita em impossíveis, 
É normal que pessoas covardes se incomodem com a sua coragem. 

Quando se é alguém que não aceita metades de momentos, de aprendizados e de pessoas,
É normal que pensem que você se mete onde não deve.

Quando se é alguém que sabe ponderar o que vale a pena ou não pra conquista da felicidade,
É normal que os orgulhosos digam que você desistiu ou que os acomodados digam que você é insano.

Quando se é alguém que tem o AMOR como palavra de ordem em tudo que se faz,
É normal que os calculistas te julguem como fraco e mole demais. 

Quando se é alguém que não está satisfeito com padrões em que vive,
É normal que os moralistas te ataquem pedras, gritando seus engessados "certos e errados" pra cima de você.

Mas quando você estiver num lugar onde ninguém foi capaz de chegar, transbordando quem você é, sem correntes ou gaiolas, vão dizer que foi sorte. 
Grandes transformações acontecem através de quem não cede ao "é normal...".
O "certo e o errado" são questões de ponto de vista. No meio termo é onde se encontram as melhores perguntas. No arriscar-se é onde se encontram as melhores respostas. 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Tu sente falta de que?

Quanto falta pra falta deixar de fazer falta?

(In)segurança

(In)segurança:
Todas as certezas que carrego dentro do peito, que pesam toneladas por não saber o que fazer com elas...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Mirei

Um dia alguém vai vir e te olhar nos olhos. Vai te enxergar através deles.
Você vai tentar desviar o olhar inúmeras vezes.
Vai se sentir invadido, confuso e inseguro.
Mas aí, a pessoa vai sorrir.
E você vai sentir aquele calor dentro do peito.
"O que é?"
E basta uma dúvida, pra instigar toda a curiosidade, pra perceber que alguma coisa mudou dentro de ti.
E logo esse alguém estará te mostrando novos caminhos.
Vai te abrir os olhos pra novas cores.
Vai trazer sorrisos onde você pensava que estivessem extintos.
Vai te mostrar um lado seu que você não sabia que tinha.
Vai te dar asas.
Vai te fazer acreditar que tudo é possível.
Vai te levar pra uma órbita desconhecida e te fará experimentar gravidades não registradas pela ciência.
Esse pessoa vai te olhar nos olhos inúmeras vezes ainda. E aquele calor no peito logo se expande pro corpo todo. E você a olha. E entende. E sorri.
Você vai esquecer de tudo que aprendeu sobre o certo e o errado.
Você vai desaprender inúmeras coisas. Vai descobrir tantas outras.
De repente você sentirá que pela primeira vez, você está no lugar certo.
Estará criando uma história tão sua que ninguém de fora entenderia. Que ninguém conseguiria se intrometer.
Um olhar. Sinestesia.
A permuta, a entrega.
E com isso a troca.
Os olhos ganham profundidade. Logo se vê muita coisa por detrás deles.
Aqueles grandes olhos vez ou outra derramarão saudades. Outras, transbordarão felicidade. As vezes vão tentar esconder tristezas. E em algumas vezes estarão escorrendo fraquezas. Mas estarão sempre vivos. Como dois sóis. É o que mantém o calor.
E ainda estarão olhando pra você.
E te perguntam se você quer continuar.
"Existe algo entre o 'sim' e o 'não'? "
Até o tempo te lembrar:
- O talvez é muito longo.
Coração e razão gritam em conflito. E a resposta? Um meio termo...
De repente, o vazio.
- Onde está?
- Eu disse. O talvez é muito longo. Quando a felicidade te escolhe, você tem o tempo de um piscar de olhos pra escolhê-la de volta.


sábado, 16 de janeiro de 2016

Choro de que?

Dos choros que já chorei, esse era o mais confuso.
Já durava dias.
Mas como é possível chorar tanta coisa de uma vez só?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Seguir

E talvez, quando me encontrar eu estarei meio amassada e esfolada. Liga não. Mesmo machucada, eu cicatrizo.
As vezes a cicatriz é pior que o machucado, eu sei.
Fez parte.
A pessoa que sou hoje é resultado de todos os ontens que fui.
Isso é bom. Isso é ruim também.
Independentemente de qualquer coisa, eu quero ser melhor.
Reaprender se preciso for. Ou desaprender se assim convir!
Não estou pedindo que me ensine. Mas isso não quer dizer que não aprendo contigo.
Vai ser preciso paciência com as cicatrizes um do outro.
Gente é assim, não é? Pedacinhos de histórias emendados com Tempo.
Tem história colorida, história miudinha, história divertida e história mal contada. Mas toda história vale, o importante é dividi-la. Deixar um pouquinho de si por onde passa. Pegar um tantinho do outro ao ir embora.
As caminhadas são mais bonitas quando se floresce pela estrada!
Liga não se eu estiver assim, meio ralada e machucada. Não se preocupa não. Eu me conserto logo, mesmo amarrotada. Mas é bom ter companhia enquanto isso. Quer juntar teu caminho à minha estrada?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

domingo, 10 de janeiro de 2016

Permuta libertária

Sentir-se que não é mais dono de si, sem precisar ser de posse de outro alguém.

Sentir-se o outro e o outro sentir-se em ti.

Ser em dois, muito mais que Um mais Outro.

Ser tudo sem precisar se desfazer de nada.

Ser pleno em perfeita sincronia com outro Ser inteiro.

Ser livre pra poder querer estar.

Ser amor, sem amarras.

sábado, 9 de janeiro de 2016

💛

Junta seus sonhos com os meus e vamos atrás dos sonhos de nós dois. 
Vem descobrir os novos mundos junto a mim. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Pontos cintilantes

As estrelas são testemunhas de amores sem-teto, que fazem moradia em peitos e beijos de apaixonados.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Apertos

Você tenta desconcertadamente fazer um pedido de ajuda. Disseram que é isso que se deve fazer.
Você tenta. Inexperiente, lhe falta clareza. E não entendem.
Você tenta. "Acho que está pior que eu. Por isso não percebeu"
Você tenta. "Você está abatida. Precisa descansar um pouco"
Você tenta. Mas as pessoas não tem tempo.
Você tenta. Mas deve ser só mais uma crise.
Você se vê gritando silêncios num mundo de surdos.
E muda.
E desiste.

Bombas

Conflitos internos declarando oficialmente guerra.