domingo, 27 de dezembro de 2015

Tentativa n°5715

Eu jurei ao meu coração que seria sincera.

Junto a isso prometi que sempre o ouviria, sempre iria até o meu limite - e por vezes o ultrapassaria - pra poder seguí-lo.

Eu não vou renunciar ao que sou, jamais.

Serei a rima, serei os pés descalços na areia, serei a canção de ninar que acalenta a criança no sono. Serei a liberdade, a aquarela, o cheiro de bolo assando no forno.

Eu serei riso, serei choro, serei insegurança e coragem. Serei o grito no vento, o sussurro no ouvido, a entrega pro mundo e a andarilha de passagem.

Eu serei o recomeço e o esquecimento, serei a mágoa e o perdão. Serei assim, eu sei, instabilidade e sensibilidade, sabe-se lá se útil ou em vão.

Serei a menina que brinca, a moça que ama, a mulher que acredita. Serei o mais lindo mosaico de cacos coloridos, feito das histórias mais bonitas.

Eu serei o dedilhado do violão, serei a fome e a saudade. Serei os olhos perdidos no por do sol de fim de tarde.

Serei a carta esquecida na gaveta, serei a foto revelada. Serei o sono perdido e a lembrança que aparece sem ser convidada.

Serei a fé de uma criança. Serei o anseio e a aventura. Serei a imaginação, a esperança e o vôo nas alturas.

Serei sempre a despedida. Não tenho muito tempo pra ficar. Onde quer que eu vá, o amanhã sempre esteve ali pra me esperar.

Sou amparo. Sou abraço. Sou indecisão e por isso também sou cansaço.

Serei só e estarei sempre acompanhada. Também levo os cacos dos outros, mosaicos que hoje são sorrisos bem plantados...

Eu serei mudança. Serei essência eterna. Acima de tudo, eu serei leal comigo mesma.

Não posso mentir pros outros assim como não posso mentir pra mim mesma. Eu terei prioridades com meus sonhos, serei forte pra torná-los reais não importa o que aconteça. 



Eu jurei ao meu coração que seria sincera.

Amigo... Tá chegando a hora. Tu é batalhador, eu sei. Mas tá chegando a hora mais uma vez. Me põe em pedaços te levar de um lugar que tanto quer ficar... Mas as vezes chega a hora de... Parar... Deixar.

Não... Assim dói mais... Não olha pra trás não...  Eu te prometo mais uma vez: junto a gente passa inteiro por mais esse turbilhão. 

Eu jurei que te seguiria até o fim... Sei que custa acreditar, mas é verdade... Mais uma vez é assim. Chegou o tal do fim... 

Vamos, força meu amigo. Eu preciso de você comigo. Não posso levar uma existência sem coração! Há quem consiga viver só com a cabeça, mas você sabe que não sou dessa gente não!

Não se preocupa. Vamos, a gente segue o nosso caminho. Confio em você mesmo meio amarrotado e esfolado. Isso passa. O importante é que você tá inteirinho.

Dons

Aí eu recebi um dom... O de ser capaz de esquecer. Com ele eu descobri que nada doía pra sempre.
E aí eu descobri minha maior maldição... Pois eu precisaria sangrar muito pra poder ter forças pra lembrar pra sempre...

sábado, 26 de dezembro de 2015

Ele

Ele me causava sorrisos, saudades e poemas.
Ele havia me virado do avesso, havia atravessado minha fronteira, forçado meus limites.
Ele despertou uma parte em mim que eu tinha decidido deixar dormindo por muito tempo. Ele mostrou-me que o medo de amar de novo não valia a pena. Ele me lembrou que a reciprocidade ainda existia sim e que ele estava disposto a provar isso pra mim.
E me provou.
Saboreou.
Me descobriu.
E me desvendou.
E eu me entreguei.
Ele dizia que era eu quem havia feito a vida dele mais leve e com mais cor... Eu? Justo eu com toda a minha confusão? Acho que ele também estava suficientemente confuso pra enxergar coisas que gente normal não via.
Eu o amei. E odiei ter que me despedir.
Claro que eu sempre soube que duraria pouco tempo. Eu só não sabia que esse tempo me faria tão infinita.
Eu o amei. E meus olhos se disfarçam de mar quando o coração lembra que o amarei por muito tempo ainda... Eu sabia que ele me amaria também. E que nada poderia ser feito com relação a isso...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Saudade desde já

A alma também necessita de boas e longas conversas.
Por ser rara a linguagem de almas, torna-se muito peculiar quando encontra-se um par para fazê-lo. Não há nada melhor que um parceiro fluente na troca de essência, que seja especialista em entrega mútua.
A alma sente fome de plenitude. Sem isso a felicidade atrofia e os dias ficam pesados.
Cuide do que você é tanto quanto cuida do que você tem e fique perto de pessoas que façam isso também.
Faça valer a pena, não faça virar saudade...

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Odeio despedidas

Despedidas sempre me fizeram mal, me tiraram o chão, a calma, a paz...
Ando precisando de mais "vou ficar". Meu coração inquieto deseja mais "olá's"

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Do que se pensa as 4 da madrugada

Às vezes é preciso ser forte. Aquela força que se arranca sabe-se lá de onde, que você não sabe se tem.
Às vezes o que nos resta é estufar o peito, fincar o pé no chão e dar a cara a tapa.
É preciso aceitar o que nos chega e transformar o que não nos agrada.
É, amigo. Às vezes não tem jeito.
Assumimos uma postura diferente pra não desabar.
Eu assumi esse sorriso meio frouxo, mas que tenta com todas as forças ser sincero.
É essa fé quase cega pelo incerto que me mantém em pé.
Talvez, de tanto me precaver, tanto condicionar alguns pensamentos pro meu bem, tenho acreditado em algumas realidades que inventei.
Venho me convencendo das despedidas e pontos finais.
Talvez seja o melhor. Expectativa nunca me fez muito bem.
Mas meu medo é que eu esteja achando que estou seguindo em frente quando na verdade, estou fugindo do que tenho que esperar. Será que estou fingindo ser forte enquanto fujo do que realmente me dói?
E aí eu me indago: O que exige mais coragem? Ir ou ficar?

De presente

Obrigada por ter me dado meus melhores "agoras" independentemente dos nossos "depois".

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Coleção

Nessa fase de tantas despedidas e últimas vezes, eu fico feliz por ter feito com você uma coleção tantas coisas que fiz pela primeira vez.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Verão

Diferentemente dos outros, dessa vez não vimos o dia amanhecer.
Creio que tenhamos amanhecido um no outro, por isso o sol se fez coadjuvante.
Nem por isso os olhos não brilhavam como o alvorecer.
Tivemos a oportunidade de nos despedirmos de maneira peculiar.
Escutamos as risadas e silêncios de julho. Vimos a silhueta revelada à pouca luz. Tomamos o banho de mar. Inventamos discussões tolas. Cantamos juntos. Nos declaramos como se fosse a coisa mais importante do mundo naquele momento. Sonhamos. Choramos. Sentimos falta e matamos saudades. Ouvimos os fogos de artifício...
Provamos a nós o quanto somos diferentes juntos. De que o adeus pode ser encarado de forma um pouco mais leve quando se tem alguém gravado em sua alma e não apenas carregado no peito e assim sendo, a despedida torna-se um momentâneo "até logo".  Provamos que o mundo não é capaz de mudar a sintonia de quem se ama. Os lugares, os momentos e pessoas não são capazes de subtrair nossas estrelas. Duas partes de um céu inteiro. Loucos. Onde quer que estejamos, loucos um pelo outro.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Apegos, lugares e pessoas

Fica tranquilo.
Cê não tá perdido não.
É que tudo anda meio fora do lugar mesmo.
Fica cada vez mais difícil achar o caminho.
Mas, olha. Tá tudo bem.
As vezes, tudo que a gente precisa é parar de se apegar à paisagem que já foi bela um dia. Vê? Chega a hora de ter coragem e criar a própria trilha...
A vida é assim mesmo.
Não devemos permanecer em lugares que não nos aconchegam... Não devemos nos acomodar no desconfortável por orgulho ou porque aprendemos que devemos agir assim. Muito menos por simplesmente já estar ali há tanto tempo.
Não...
A vida merece mais sorrisos. Novas descobertas.
A vida merece um futuro bonito, sabe?
Vai lá. Força.
Fica tranquilo.
Cê não tá perdido não.
É que daqui em diante tudo vai ser novo mesmo. Vai ser difícil as vezes. Dá um pouco de medo. Mas vai valer a pena.
E sabe por que?
Porque ninguém escolheu por você.


:)

Da sinceridade

Verdades e suas manias de aparecerem sem precisarem de convite. As vezes atingem nossa consciência tão rápido que não tem como se preparar.
Algumas delas rasgam o peito. Outras aliviam o peso que se carrega nele.
Algumas aparecem como uma confirmação da sua intuição. Outras te pegam tão de surpresa que parecem um tiro.
Já ouvi verdades que me empolgaram, que me deixaram eufórica. Já ouvi outras tantas que me desanimaram, tiraram meu chão.
A verdade em si não pertence a nós, humanos. Porque quer queira, quer não, creio que não somos preparados pra transparência do mundo real, onde se observarmos, não existe meio termo. O meio termo, a dúvida, estão na nossa cabeça. A veracidade e os fatos estão sempre ali, em maior ou menor grau, alterando nossa interpretação dos fatos a todo instante.
Das certezas que eu conquistei uma delas é a que mais se confirma conforme o tempo passa: quanto maior a surpresa que causa, maior a veracidade do que se sente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015