segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Lembra?


No meio a tantos olhos e olhares que já cruzei por aí, certo dia me detive em um par encantador, curioso e extremamente empolgante. Nem sei dizer por quanto tempo os encarei, mas em certo momento os recebi  de volta, conscientes do que estava acontecendo ali, analisando o caminho invisível que havia se formado entre os dois pares.
Teria sido embaraçoso. Eu teria ficado com aquela cara estúpida e sem graça, tentando fingir que estava olhando para a sujeira da parede ali atrás. Sim, teria constrangedor se não fosse aquele meio sorriso que surgiu um nanosegundo antes da catástrofe acontecer. Mas foi aquele sorriso gentil que salvou meu olhar já tão entregue àquele momento. Aquela curva de lábios me inundou o corpo com um calor que eu não conseguiria lembrar se já havia sentido antes e quando percebi, já estava sorrindo de volta, sentindo orgulho daquela minha conquista.
Eu havia experimentado duas sensações culminantes num curto espaço de tempo e não conseguia esconder minha empolgação, estava estampado na minha testa que eu estava sentindo bolhas de ar me fazendo cócegas por todo o corpo.
Foi ali que você riu. Uma risada discreta, contida, mas tão sincera e sedutora. Riu de mim, riu comigo, ou talvez apenas tenha lembrado de algo engraçado. Não importava. Eu sabia, desde então, que eu faria de tudo pra ter aquele olhar, aquele meio sorriso e aquela risada comigo por mais tempo possivel até o fim da minha vida.

E eu não me importo se esse meu conjunto perfeito seja desperdiçado com qualquer um, ou que chegue num momento em que eu nunca mais possa vê-los. Meu coração com certeza se partiria se eu descobrisse que aquilo tudo não bastaria comigo, não bastaria pra mim. Mas naquele momento único em toda a minha vida tudo mudou. Daquele momento em diante , eu percebi que eu teria que ser alguém melhor pra merecê-los. E foi isso que me manteve de pé até hoje.


(Eu lembro e relembro tudo isso, todos os dias. E todos os dias eu me pergunto se você ainda faz o mesmo. Se é do meu olhar que você lembra todo dia logo de manhã)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

menos especial que Big Mc?

No limite do meu "Tanto faz..."
Veja bem. Um espírito como o meu não aguenta muito as mesmices do mundo, as comodices alheias e a aceitação da rotina.
Eu preciso ter certeza que todo dia haverá algo novo. Que todo dia sentirei a sensação de ser especial. Mais especial que um Big Mc!

domingo, 1 de dezembro de 2013

"Oi, eu não sei quem você é, mas não quero que você me ache um idiota!"

Esses dias, durante um papo com alguns amigos, me disseram que eu era como pluma. Disseram que minha sede por me sentir livre era ao mesmo tempo admirável e imprevisível.
Isso martelou na minha cabeça durante dias! Fiquei tentando achar o sentido daquelas palavras. E percebi: realmente, pra mim, tudo pode ter mil possibilidades no segundo seguinte.
E não estou indo longe, nem poetizando minha vida. Com "mil possibilidades no segundo seguinte" quero dizer que existem mil possibilidades de sabores de sorvete. Mil caretas que podem ser feitas pelas costas do seu amigo quando ele está te enchendo o saco. Mil tipos de sorrisos pra se dar pra um desconhecido na rua...

Acho tão triste quando as pessoas anulam momentos simples de diversão e entusiasmo (mesmo aqueles momentos curtinhos!) por causa dos outros...
Tipo quando você está andando na rua e sente uma imensa vontade de fazer uma dancinha (as vezes ridícula, temos que admitir!) pra acompanhar as músicas que vem dos seus fones de ouvido, mas não a faz porque tem um fulano (as vezes até, um que ele nunca viu na vida e nunca mais verá!) virando a esquina justamente naquela hora...
Ou quando tá muito frio e a gente tem vontade de vestir-se igual um mendigo, com aquele moletom velho, touca, luvas, aquela calça mais surrada que lutador de MMA e aquele tênis hiper confortável que tem um furo no dedão, mas não o faz, afinal, "no inverno as pessoas ficam mais bonitas". Então dá-lhe aquele sobretudo cinturado, calça jeans combinando, unhas com as cores da estação e aquela bota que cega até o joelho e faz coçar a panturrilha.
As vezes bate a vontade de conversar com aquele estranho no ônibus que tem nas mãos dele o livro que você mais adora, mas não o faz porque talvez (maldito "talvez"!) ele te ache muito estranho por isso.
E pode ir mais longe e talvez suas decisões fiquem mais complicadas. Você não paga um pão na chapa praquele morador de rua que está bem em frente a padaria porque vai chegar 10 minutos atrasado no trabalho. Não elogia a melhor amiga porque pode ficar parecendo um xaveco. Não diz que ama os pais porque pra você eles não darão a minima importância pra essas palavras...
Entende? Esse medo todo pode transforma-lo em alguém ranzinza, que semeia um mundo cinza e sem graça. Alguém com a felicidade tão aprisionada dentro de si que não enxerga que grandes momentos felizes são feitos de grãozinhos de areia coloridos e bem pequenininhos. Depois fica culpando a vida por não te dar oportunidades de ser feliz, quando na verdade foi você que parou de aproveitar tais oportunidades que dependeram só de você pra desenrolarem-se!

Sabe, eu tenho um amigo que quando está se sentindo bem em algum lugar decide dar cambalhotas. NÃO IMPORTA ONDE! Pode ser na rua, no shopping, na feira, dentro de um carro... tanto faz! E dane-se o que os amigos que estão ao seu lado ou o que aqueles desconhecidos que não tem nada a ver com sua vida  vão pensar. Ele quer fazer, e faz. Acho isso demais.

Ao mesmo tempo que existem aquelas pessoas que deixam de fazer o que o coração pede por causa do povão que adora julgar o que eles fazem, existem aqueles que fazem coisas que não gostam pelo mesmo motivo.
Tem gente que odeia o gosto da bebida alcoólica, mas sai todo fim de semana e enche a cara de cerveja pra acompanhar a galera.
Tem aquele que não entende nada sobre o que está acontecendo no seu país, mas vai em todas as manifestações que tem na cidade porque é necessário que ele esteja lá! (mesmo que ele não saiba o porquê...)
Tem aquela que enfia o salto agulha no pé, o scarpin mais lindo da loja e fica glamurosa naquela festa de casamento da sobrinha da tia do pai dela. A linda-absoluta mal consegue ficar de pé, mas vai pra pista e mostra quem é a rainha do vai-até-o-chão. Resultado: Bolhas na parte de trás do pé, dedos doloridos e um pé torcido que lhe renderá um mês de tênis.

A sua felicidade merece ser anulada pelo simples fato de alguém não ter a mesma opinião coragem que você?

Sejamos plumas! Você não controla pra onde o vento sopra, mas pode aproveitar pra rodopiar e sair voando por aí quando ele bater!



domingo, 24 de novembro de 2013

esperando a espera...

todo aquele tempo mal gasto e estagnado.
todas as súplicas de "quero mais" e os desconfortos de se admitir um "deixa pra lá"
o normal incômodo e a inquietude sutil.
qual o momento certo pra eu realmente me preocupar?

sábado, 13 de julho de 2013

E talvez...


Palpite...

Daquela bagunça ajeitada

E talvez o descanso não me baste por fim. Talvez eu precise mesmo é desse turbilhão aqui dentro. O silêncio, a quietude sempre deixaram a desejar, sempre aumentaram buracos que eu insistia em tentar preencher...
O que me resta então é aprender achar o olho do furacão, o espaço de calma que existe em todo o emaranhado do meu ESTAR... Do meu SER...
A bagunça, o caos, a mudança e a renovação está trançado feito raiz de árvore centenária em cada fibra de mim.
E cá entre nos, se fecharmos bem os olhos, se prestarmos atenção no que a alma tenta nos dizer, veremos que o barulho que ecoa, na verdade é música. Música repleta de detalhes, de peculiariedades, complexa e linda, mero reflexo do universo particular que carregamos em nós...

(Falta)Sono


Dele...

Surgia pelas pontas dos dedos o afeto. Emaranhava-se em mechas cor de cobre, contornava os lábios e tocava-lhe as curvas.
Os olhos, tão negros quanto a escuridão daquela sala, fixavam-se em cada pista que aquele rosto podia dar.
Os beijos vinham carregados de sinceras declarações. Tentava a todo custo tirar-lhe os medos, provar que nada do que acontecesse o tiraria dali.
Procurava naqueles olhos cor de mel aquela certeza de que estava tudo bem, que na pesagem final, tinha feito tudo certo. Em meio a tanta insegurança, em meio a tantas tentativas de ficarem impassíveis, aqueles olhos relampiavam a grande prova de que ela ainda estava ali com ele, de alma e coração.
E de repente aquela risada estourou e o som inundou aquele espaço de luz.
Aninhou-a ainda mais no seu abraço e desejou que aquele encaixe perfeito nunca mais precisasse ser desfeito. O brilho estava ali. Não importava outra coisa naquele momento. Fechou os olhos e sentiu o calor daquele corpo. Embora não estivesse passando mais nada na tv, sabia que qualquer um que os visse, conseguiria ouvir uma trilha sonora ali.
E percebeu, como se tivesse sido pela primeira vez, que tinha em seus braços o artefato mais sensível e mais resistente de todo o mundo. E que era isso tudo, todo o conjunto com suas falhas e afagos, erros e risadas, babaquices e as brincadeiras, as implicâncias e as piadas que o fazia feliz. Que os faziam inteiros.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

... porque, NÉ!?

Ninguém merece ficar em casa quando o país está na rua clamando pela liberdade. Se não dá pra levar faixa, se não dá pra fechar a rua, se não tá podendo se enfiar na multidão, pelo menos sai de casa, arranja alguma coisa pra fazer e para de dar IBOPE pra Televisão!

FUI!

Qual foi a última vez que você marcou um encontro com você mesmo?

Tô indo deixar o Presente ter seu próprio tempo, seu valor, sua surpresa!
Um beijo pra minha mãe, um abraço apertado na irmã e um apelo pro meu pai: aguenta aí, cuida da casa e da família, que jajá eu tô de volta. 
Mas essa noite eu tô caindo fora. Hoje eu pego o carro, ligo o som no máximo, boto a cabeça  pra fora da janela e grito pela estrada!
 Vou sair correndo, sentir o vento, sentir a chuva. E se o frio vier, que me arrepie o corpo, me desligue a mente e que me deixe nua.
Que o mundo suma! E que em seguida me invada. Que meus sentidos se agucem , que meu coração acelere. Que ele bata desenfreado, desesperado pra fazer do seu pulso parte da coreografia sonora das cachoeiras.
Que meus ouvidos sejam capazes de escutar as folhas das árvores anunciando seus saltos dos galhos secos e que eu sinta o gosto do beijo do vento.
E o riso vai vir a toa. Dominar-me e controlar meus músculos. Sairá de meus lábios e vai escorregar pela pele, feito calda.
Vai ser um porre de mim mesma. Chegarei em casa tonta, trançando as pernas depois de trocentas doses de euforia.
Vou fundir o mundo com meu corpo e ouvir se faz som de trovão.
Vou misturar a brisa e o suspiro e ver se cheira a chuva.
Transformarei a flor em perfume da alma e a água em sangue da veia.
E transformarei a lágrima em riso.

Podarei-me.
Soa estranho alguém arrancar de si, coisas tão suas. Mas assim será. Arrancarei a força os galhos secos, os parasitas e cascos frouxos. E assim, minha raiz, minha essência, vai finalmente ter forças pra enviar mais de mim pro que realmente importa.
E se algo podado tiver que ser deixado pra trás, se não for capaz de se refazer-se em muda nova, sinto muito. Terá que contentar-se como adubo de minha terra fértil. Porque é simples. Entenda bem: Novamente eu irei florescer!


quinta-feira, 13 de junho de 2013

De onde vens?


Ingênuo és tu!
Ah se pudesses ver teus olhos delatando-o descaradamente! Tua voz vacilando discretamente a cada fim de frase ensaiada.
E ainda repetes inúmeras vezes as mesmas garantias débeis e cegas.
E me ferem essas falsas verdades usadas como lençol praquilo que chamas de proteção. Proteção? Até que ponto as palavras são capazes de proteger-nos?  
Até onde os argumentos conseguem ser convincentes o bastante pra provarem que insignificâncias realmente não carregam valor nenhum? Afinal, omitir essas tais insignificâncias não atribui instantaneamente a elas uma importância considerável?
E se soubesses que antes mesmo de que tu pensasses em recriar os fatos, eu já sabia das tuas verdades por inteiro, nuas e cruas?
Sufoca-me fingir que aceito tuas palavras, que creio em tudo o que me diz.
Ah se as palavras fossem o único instrumento da verdade! E se a verdade nos fosse exposta sem rodeios? Se não houvesse barreiras ou limites? Nem bom senso ou altruísmo?  Como reagiríamos a verdade constante e sem freios?

Quando algo omitido torna-se uma mentira? 




domingo, 26 de maio de 2013

FIDES

FIDES... do latim, "fé".

O que caleja as dores pra enfim, drená-las do corpo e da mente.
Aquilo que te faz acordar sorrindo e ir se deitar com pensamentos leves.
Fé. Quem diria. Palavrinha pequeninha presente na minha vida desde sempre. Ou seria melhor dizer "presente aos meus olhos desde sempre"?
Na verdade, temo que nunca vivenciei de verdade tal sentimento em sua plenitude. Também, quem dera. Dizem que o tal sentimento é o mais complicado de se alcançar.
Mas parece simples, não? Acreditar que aquilo tudo o que se vive, no futuro será ainda melhor. Se está ruim, vai melhorar. Se está bom, ficará ainda melhor. 
Sim, a vida tem seus picos e suas depressões, mas é importante crer que, os picos tendem a crescerem cada vez mais, enquanto as depressões tendem a diminuir. Claro que isso não é uma verdade absoluta. Mas é uma condição absoluta a partir do momento que se adiciona a fé. Com ela, você passa pelas dificuldades de forma mais confiante, mais feliz, diminuindo a proporção do seu desgaste físico e emocional durante o momento dificil e potencializando os bons cada vez mais.

Ok. Parte teórica assimilada.
Mas na prática... 

Pra complicar ainda mais:
Analisando a evolução da palavra FIDES, chegamos a palavra FIDERE: "acreditar, crer".
E podemos chegar a conclusão óbvia que só podemos acreditar quando temos fé. 
(Ressaltamos aqui que a palavra Fé nada tem a ver com religião. Todo ser humano tem Fé em algo, nem que seja em si mesmo. Mas nem sempre exercita a Fé em sua plenitude)

Até aí, ótimo. Agora vamos ao ponto x que me fez escrever algo depois de semanas.
CUM (origem do nosso intensificativo "com") com o nosso FIDERE ali em cima citado, formamos a CONFIDERE ( “acreditar plenamente, com firmeza”) e por fim traz a nossa CONFIDENTIA.

CONFIDENTIA. Nesse ponto alguns já devem ter entendido onde eu quero chegar com tanto latim (afinal, quem melhor do que eu pra fazer firula e enfeitar o que realmente precisa ser dito?)

CONFIANÇA.
E o tal do ponto x: DESCONFIANÇA.

No dicionário a palavra Desconfiança devia vir explicada como sinônimo de Agonia.
Agonia que aperta o peito.
Agonia que engrandece qualquer fato insignificante.
Agonia que fica martelando na cabeça na hora de dormir.
Que destrói boas conversas, que faz você não ter vontade de criar o contato ocular.
Que te torna apático, inseguro e distante.
Que destrói.
Que está lá por algum motivo inicial concreto, mas que cresce exageradamente a cada mínimo sinal de que ela ainda tem motivos pra estar lá.

Sim. Fé e Confiança.
É a falta desses dois fatores que anda deixando meus caminhos menos coloridos e com menos sorrisos.
Cabe a mim agora, sim AGORA, tomar as rédeas da minha vida. Tornar-me independente, tornar A MINHA FELICIDADE independente.
Independente de fatos.
Independente de lugares.
Independente de momentos.
E independente de pessoas.

Felicidade tem que partir de dentro. Tem que fazer cócegas sem precisar de mãos.
É confiar em si.
Indispensável a partir daí a Fé no destino, no acaso, na vida, em Deus ou em qualquer coisa superior a nós.
Aí tudo fica leve.

É isso aí. Minha vida agora tá de dieta.
Só tá livre o consumo de Fé e de Confiança.

Por que aí, lá no final, a palavra PERRENGUE não vai passar de uma palavra engraçada pra fazer a gente rir mais um pouquinho, né?


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Cabeças não pensantes que acham que pensam...

Ah, pronto. 
O brasil detestava o axé, mas agora que Daniela Mercury assumiu ser gay, a galera sai na rua de abadá, sendo que o trabalho dela é o mesmo, a quantidade de músicas que ela lança é a mesma.
Começar a admirar uma pessoa só porque ela é gay é a mesma coisa que descriminá-la pelo mesmo motivo. 
Tem gay que tá fazendo o mesmo papel dos homofóbicos, representando um outro lado.
E isso não é de hoje e eu não vi acontecer só com a Daniela. 
Pelo amor de Deus. Uma pessoa não é interessante só por ser gay. Nem inteligente, nem mais cabeça aberta. Uma pessoa não precisa desses requisitos pra ser gay. Ela é gay porque gosta de pessoas do mesmo sexo que ela. PONTO.
O que vem por consequência disso é outra história.
Agora virão 300 chatos da timeline me encher o saco por inbox, me chamando de preconceituosa, sem nem me conhecer pra falar alguma coisa. Sou mesmo. Preconceituosa a ignorância! Ficar postando frases da cantora, imagens e idolatrias PORQUE ELA É GAY? Tenha santa paciência.
Sou mais eu nessa parada. Tatuar o nome da "Sandrona Travesti" ninguém quer.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A fala e sua não-habilidade de dizer

Engraçado quando paramos pra refletir (verdadeiramente) e percebemos como a nossa forma de comunicação mais precária é a nossa fala.
São milhões de palavras inúteis quando trata-se de expressarmos a intensidade de um ser. A intensidade que somos nós.
Além disso, palavras são manipuláveis. São controláveis... Palavras mentem.
É fácil representar através da fala. É fácil vestir máscaras através da nossa voz.
Foda é disfarçar um par de mãos suadas, um bambear de pernas, um piscar de olhos mais acelerado, um tic nervoso.
Estamos condicionados a acreditar nas palavras por serem a forma mais óbvia da comunicação. Mas esquecemos que pode vir a ser a mais falha.
A boca fala, os olhos desmentem.
A voz diz e um morder de lábios condena.
As palavras soam e um passo pra trás contradiz.
O corpo é capaz de nos dizer as verdades que insistimos em ignorar.
As palavras pouco falam. O corpo grita as mensagens que nós realmente queríamos dizer.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Olhares carregados de mundos inteiros...

Os olhos procuram, em meio a tantos outros olhos, um par específico, aquele capaz de fazer com que o brilho venha a tona, que se tinja do colorido da iris, que faça com que as pupilas dilatem e o coração acelere...
Aqueles olhos que não se bastam e não se contentam em serem apenas olhos. Querem ser palavras, querem transbordar sentimento.
Olhos que leem pessoas, leem almas.
Olhos que em segundos mostram a ânsia em decifrar o mundo, conquistar a simpatia do universo.
Gente que tem um olhar quase palpável, tão carregado de vida, seja essa vida qual for.
Olhos que mesmo no meio de uma multidão, destacam-se e em um cruzar, sustentam-se em outros olhos emanando impulsos elétricos e reconhecendo nossa essência. Um cruzar que parece durar uma vida toda, quando na verdade, não temos a sorte de que dure mais que alguns segundos...
Olhos que mexem com um corpo inteiro. Uma alma toda.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia 21 de março - Dia UNIVERSAL do Teatro

Obrigada a todas as estrelas que tiveram apresentações impecáveis toda noite.
Às explosões intergaláticas, parabéns pelo talento do cinema mudo no vácuo do espaço,
Aos cometas que riscam o céu e fazem as performances de dança mais lindas do céu.
À coreografia fantástica dos planetas que (GRAÇAS A DEUS!) não chegam nem perto de se trombarem.
Ao sol que quando aparece, sempre ofusca todos os outros com tanta beleza no palco...
E Parabéns ao grande Diretor de tudo isso.
Obrigada pelos espetáculos diários que vocês me convidam a assistir, sou muito agradecida.



(Ah! E parabéns aos artistas jupterianos e aos musicais de Mercúrio, arrasam ;D )

sexta-feira, 1 de março de 2013

Momento Alter Ego


Permitam-me.




Lindo presente do Doe Sentimentos pra mim, affe :')

"O Seu Comentário Vale Um Jantar"!

Placar parcial do concurso "O Seu Comentário Vale Um Jantar"!

Bruno: 11
Marina: 10
Renata Stort: 10
Ana Aranha: 9
João: 2
Clara: 1

Ainda não tá participando? Então corre que acaba dia 30/03! Tá lá atrás? Aproveita que ainda dá tempo de virar o placar!


Eu e Eu Mesma

"Tá esperando o que? Vai logo dormir !" - disse o meu Eu para Eu Mesma.
Eu me encarava irritada, as duas da madrugada. Eu Mesma lá, deitada, com aquela angústia de estar faltando algo. Eu Mesma cedi. Achei razão quando Eu disse aquelas palavras. Virei pro outro lado e adormeci.
Nem deu tempo de ver que o Eu deixou cair a máscara (as vezes até cruel) e demonstrou uma face tão mais angustiada do que a Minha. Mas estava se dedicando a uma importante tarefa e não podia falhar. Eu precisava aprender e se esforçar pra cuidar de Mim Mesma. E isso dava trabalho. Ser dura e racional era dolorido as vezes. Mas extremamente necessário pra felicidade de Eu e Eu Mesma.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Estrelas cadentes

Estrela Cadente é uma estrela insatisfeita, incompleta. 
Estrela Cadente é uma estrela não-contente. Elas não se dão por satisfeitas ao ouvirem que são os olhos da noite, o brilho dos sonhadores. Não. Estrelas Cadentes não se contentam em ser mais um ponto brilhante entre outras milhares de outras. 
E assim, tentando fazer a diferença, tentando ser mais do que parte de um conjunto, se arremessam do céu, riscam a noite, recebem a tenção, os comentários, os olhares e os pedidos de olhos fechados e sorrisos nos lábios.
E é isso. Se condenam por segundos de exclusividade. Se sacrificam, felizes. 
Estrelas Cadentes não passam de Estrelas Carentes.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

E você, quem é?

E eu estava lá, na fila do cadastro, quando chegou minha vez e a atendente disse:
- E você, quem é?

Eu queria muito que ela simplesmente tivesse perguntado meu nome.
Quando a a pergunta virou "e você, quem é?" veio a minha mente a Carol que gosta de pisar nas poças de chuva, que brinca com o gás hélio pra falar engraçado. Alguém que já tentou colar papel com corretivo, que pulava do alto da beliche pra cama de casal embaixo, gritando "A VOAR, A VOAR, A VOAAAR!"
Me vinha a Carol que gosta de fazer caretas no espelho, que faz da escova de cabelo um microfone, que faz penteados com xampu na hora do banho. Que não consegue evitar de ver imagens nas nuvens, que mesmo depois de ter feito curso superior em Gastronomia, ainda acha que batata frita é a melhor comida do mundo.
Carol que costuma, desde pequena, a ler palavras de trás pra frente. Inclusive "sortsadac".

Dizer tudo isso seria a resposta certa pra "E você, quem é?"
E, de coração partido, sorri e respondi "Meu nome é Ana Carolina Scaldelai do Nascimento"

E você, quem é? :)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DOE SENTIMENTOS!




Galerinha do bem, hoje eu venho aqui divulgar uma bonita ação que vem acontecendo chamada DOE SENTIMENTOS!

Criada para, unicamente, gerar um grande movimento de pessoas praticando a gentileza.

Através da liberdade de expressão e de sentimento, confeccionando corações de qualquer tamanho e material (papel, tecido, jornal…) conforme suas vontades e possibilidades,



Depois de arrecadados, nós os distribuímos pelos semáforos. Dá uma olhada na última distribuição:



Acreditamos que são justamente as nossas diferenças que podem criar uma sociedade igual e correta para todos!

Sozinhos seremos apenas pontos de vista. Juntos podemos criar um mundo melhor!

QUEM PODE PARTICIPAR?

Qualquer um pode participar! Seja divulgando a ação, confeccionando corações ou participando das nossas distribuições nos semáforos.


CONFECCIONANDO CORAÇÕES:

Confeccione um coração (ou quantos quiser) de tecido, tricot, crochet, papel ou como a sua criatividade quiser e nos envie.  Podemos também retirar os corações. Basta nos enviar um e-mail informando o local.

Para os corações de papel, nós pedimos que seja no mínimo 10cm e no máximo 20cm.

A única exigência é que os corações sejam feitos com bons sentimentos.

Convide os amigos, faça você mesmo, peça para os vizinhos… multiplique seus sentimentos!



DISTRIBUINDO NOS SEMÁFOROS

Nossa Ação será no dia 16 de junho de 2013 nos faróis entre o Shopping Metrópole e a Prefeitura de SBCampo – das 10h30 às 12h30




Fique sempre atento as postagens aqui no blog ou em nossa página do facebook.


É simples e  sem regras. Cada um doa o sentimento que desejar para que o mundo seja mais feliz!

Quer saber de onde surgiu a ideia? Assiste aí, minha amiga Rê Stort explica tudo!




TÁ ESPERANDO O QUE? CORRE, CONFECCIONE SEUS CORAÇÕES E MANDE PRA GENTE! ENDEREÇO? CONFIRA OS PONTOS DE ARRECADAÇÃO AQUI

Beijão pessoas de bom coração!


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Pré-conceitos

É surpreendente ver a capacidade que alguns levam no coração para valorizar detalhes perante esse mundão todo aí fora.
Infelizmente, hoje não me refiro aos detalhes bons.
Como pode um homem destratar qualquer outro que não seja como ele?

Como posso entender uma pessoa que se julga melhor que outro pela sua cor de pele? COR DE PELE! Pele é a coisa mais superficial que um humano carrega no ser. No geral, o que ela representa além de proteção para o corpo? E como essa função se faz diferente na pele branca, negra, parda, do índio  do japonês ou de qualquer outra? Estão todas lá, exercendo sua responsabilidade de cuidar de um organismo pluricelular magnífico! Estão protegendo músculos e ossos iguais ao de todo mundo. O que te faz melhor?

Como posso entender alguém que condena o gay? Como se julga alguém por estar amando outra pessoa acima mesmo de seu sexo? Que se apaixonou por alguém não por sua carne apenas, mas pela sua alma? Esse gay está disposto a gritar pro mundo que tem o amor como primeiro mandamento, antes mesmo dos princípios do homem! Por que a repulsa diante aos gays, bissexuais, transexuais, ou o que for? O que pensam? Será possível que pensam que ter uma amiga lésbica consiste em ser assediada por ela todos os segundos de sua convivência? Como posso, meu Deus, compreender o pensamento daquele que profere que alguém não é bom apenas por esse não impor limites ao seu amor, estendo-o pr'aqueles que tem o mesmo sexo que o dele? O que faz um gay ser alguém menor que você?

Como posso ver e aceitar tranquilamente aqueles que encaram a prostituição, marginalidade, dependentes químicos como ralé, bandidos ou parte imprestável da sociedade? Triste ver que essa parcela é tratada como causa perdida e descartável de um meio. É fácil julgar a forma de vida que essas pessoas levam sem antes querer saber da história de vida que elas tem. Sem perceber que o problema está na estrutura inteira de um país e (a falta de) apoio que este fornece pra sua população. Fácil condena-los como bandidos e marginais sem entender que talvez a realidade deles fossem diferente se ao menos eles tivessem uma chance, alguém que mostrasse a eles que existe outra opção de vida. A maioria dessas pessoas nem sabe que tem escolhas, que são capazes de mudar a própria realidade. Com que direito então podemos dizer que essas pessoinhas são piores ou menores que nós?

Sem contar quando torcemos o nariz pro baixinho, pro decote e salto alto, pro sujo, pro de óculos, pro nerd, pro bombado, pro idoso, pra mãe com muitos filhos, pra esposa que apanha do marido e não reage, pra criança que faz manha, pro pircing e tatuagem, pro que fuma, pro que sai com muitas pessoas.
Isso carregamos conosco. Um pré-julgamento de todos aqueles que são diferentes de nós.
Tiremos essa ignorância de nossos olhos e corações. Vamos começar a enxergar que essas pessoas são mais que um corpo. Todos são seres complexos, assim como você. Todos tem suas histórias, seus motivos, suas lutas, vitórias e derrotas. 
Comecemos apreciar uma pessoa e tudo que bom que ela traz. Sua habilidade de acalmar corações aflitos, de ter paciência, de  arrancar sorrisos, de fazer um bolo gostoso, ver desenhos nas nuvens, jogar uma pipoca pro alto e pega-la com a boca depois. Vamos começar a enxergar o que realmente importa numa pessoa. Entender que TODO MUNDO tem qualidades e habilidades únicas em todo o mundo, assim como tem defeitos. Inclusive você.
Vamos aprender a conhecer bem as pessoas antes de tirar conclusões a respeito do que elas pareçam ser. E vamos mais além! Se mesmo depois de conhece-la, ainda não gostarmos de um ou outro traço de  sua personalidade, não vamos julga-la. Deixemos a vida seguir seu curso e ensinar a cada um o que for preciso aprender.

Vamos passar a enxergar com os olhos da alma, pois os olhos do rosto nada veem.

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Extremos de sorrisos e tristeza

A faixa de equilíbrio entre o pessimismo realismo e o otimismo tem sido cada vez menos habitada. 
Isso porque existem pessoas que com seus olhos baixos enxergam apenas as sombras no chão ao invés de levantarem suas cabeças e verem um sol maravilhoso lá no alto. Enquanto outras estão cegas por não pararem de olhar pra ele.
 Mas também há um terceiro tipo de gente que não se enquadra em nenhum dos dois perfis. A galera do "sim com a cabeça". Por quê? Olhe para cima. Agora pra baixo. Pra cima de novo. Pra baixo. Certo, você acaba de fazer movimentos "positivos" com a cabeça. E é a melhor metáfora pras pessoas que se encontram nessa categoria. Oscilações entre os extremos, de forma intensa e desajustada.
Eu me encontro ai, prazer. 
 Gente que uma hora está com dor de cabeça, fome, frio e sono tudo junto. Desculpas básicas pra não ter que dizer "eu tô entediada/irritada/não quero ouvir tua voz". Uma forma de pedir pra que o mundo não interaja com elas, sem ser mal educado. Mas também, quando dá na telha, cega os olhos tacando purpurina e glitter e vê o mundo brilhando em cada canto.

Certo. Agora, por que é tão difícil manter a serenidade, encontrar aquela razão de forma indagadora, que não julga? Por que é tão difícil questionar-se sem revoltar-se? Onde está a falha quando decide-se aceitar as coisas bonitas do mundo e aproveitá-las a todo custo? E porque sofremos tanto, nos importamos tanto e não somos maiores pra conseguirmos mudar as coisas?
Boa pergunta. 
Se eu soubesse, não vacilaria entre o otimismo fanático e o pessimismo descontrolado. 
Mas ouso dizer que não temos coragem de dar a cara a tapa. 
Poucos são aqueles que não se iludem achando que basta o que possuem pra serem felizes ou aqueles que veem todas as injustiças e erraticidades desse nosso mundão e não se torturam de frustração. 
Felizes de verdade são aqueles pertencem a pequeníssima porcentagem daqueles que estão no equilíbrio entre o pessimismo e o otimismo. 
Estes são aqueles que reconhecem que o mundo pode melhorar, mas que ainda assim existem milhões de recursos pra amarmos a vida. 
Felizes aqueles que em sua plenitude de ser conseguem ver onde precisa ser feita a mudança e começam POR ELES MESMOS. 
Felizes aqueles que enxergam belezas e detalhes e tentam reproduzir-las em tudo o que fazem.
 Felizes aqueles que estendem a mão ao próximo antes de levantarem faixas e gritarem seus direitos. (Não que passeatas, marchas e manifestações estão erradas, não me entendam mal! Mas de que adianta cartazes na mão e falta de amor no coração? Reivindicações egoístas visando APENAS o próprio bem enquanto há alguém ao seu lado clamando por uma ajuda que você facilmente conseguiria fornecer?). Alcance os grandes, grite e exija mudanças, mas lembre-se que os pequeninos são mais necessitados e precisam mais de você. Ajudando-os você transforma histórias e influencia positivamente o futuro)

Pois bem, concluí que: 
Existe o pessimista revoltado: que enxerga como tudo está uma porcaria e que sai por aí exigindo mudanças.
EX: "Ah é? Meu irmão ganhou DOIS presentes dos padrinhos dele? Mas vai ser AGORA que eu descubro porque meus pais deram os padrinhos mais legais pra ele"

O pessimista passivo: Aquele que reconhece os problemas e as injustiças do mundo e acha que é pequeno demais pra fazer a diferença. Então nem tenta.
EX: "Quiabo? Mas sério? Quiabo me dá dor de barriga... talvez se eu misturar assim no arroz, diminua o efeito..."

Existe o otimista ingenuo: Que acha que tudo é lindo. Fim.
EX: "Lálálálálá, crianças da áfrica? Quê? Não tô te ouvindoooooo!!!! "

E por fim, o otimista confiante: que tem até pena dos outros que não seguem sua linha de felicidade, crentes que a sua, é a ÚNICA linha de felicidade...
EX: Ah... Você é petista? Bom, pelo menos você tem saúde né?

Por fim, comecemos com o pensamento dos nossos lindos amigos equilibrados:
EX: Nossa padrinho, valeu pelo presente, mas eu duvido que você faça mais uma coisa por mim: Usa tua influencia no PT e manda esses quiabos lá pra África, por favor?

SEJAMOS EQUILIBRADOS AMIGOS!
Pra enfim sermos plenamente felizes!!

(E assim que conseguirem, me ajudem aqui porque pra mim tá complicado!)

****

Lembrando que o concurso continua e que o placar está assim:

Marina: 5
Bruno: 4 
Ana Aranha: 4 
Joao: 1 
Nath -q: 1




Abração!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

sorrisos suspirados

Parece que cada suspiro sorridente meu, depois que sai de meus pulmões, se materializa no ar e ganha forma, cheiro, riso, um par de olhos brilhantes que me fitam felizes e um nome. Nome esse o motivo do tal suspiro. Teu nome. Teu suspiro.

Boa noite

Venha, noite! Encontre-me no breu desse mundo, leve-me leve, mostre-me as estrelas cadentes mais contentes e carentes desse teu céu!
Que eu possa sim ser o teu ponto de luz que irradia pela madrugada, acendendo sorrisos vacilantes nos lábios dos que sonham felizes em seus travesseiros!
Ah dona noite, mostre-me os mistérios de seu mundo, seus edifícios e ruas sublimes formados pelas orações que não tiveram tempo de receber seu "Amém" e daqueles olhares que cederam ao cansaço e se fecharam com um último reflexo de pensamento passando por eles.
Leve-me até suas florestas construídas das histórias infantis à cabeceira e seus reinos distantes com seus castelos de altas torres.
Ah que delicia entregar a alma ao vento voando igual coruja. E olha só! Se estico o braço até sinto meus dedos cortarem a água gelada!
Noite, venha e me tome em um gole só. Permita-me fazer parte de ti, num devaneio louco, vivo, cheio de risos e amores sem fim!
Potencialize tudo o que há de bom aqui em mim e recicle o que não for tanto assim!
Que eu sinta apreço por tudo que meus olhos alcançarem, tudo que meus ouvidos distinguirem, tudo que minha pele conhecer, tudo que preencher meus pulmões!
Que essa noite eu possa ser além do que meu corpo é. Que eu dance, voe, corra e pule por aí como minha alma clama e tanto sofre por falta de espaço que essa carne e ossos a limita.
Hoje sou sorrisos e certezas. Me sinto viva. Alma viva. Porque corpo nada mais é que vestimenta da alma. Sou a menina, a anciã, o preto, o anão. A gorda, o gay, o cachorro, a criança, a mãe e o professor. Eu sou eu, ele, e você. Sou tudo. Carrego dentro de mim pedaços de gente. Sou um mosaico de histórias sobre pessoas que passaram por mim.
Sou nós. Gente, bicho, natureza, MUNDO. Hoje, sou noite.

Bons sonhos :)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Gritos, coragem e saudade...

Quero gritar tudo o que me engasga, dizer que amo e amo de corpo e alma.
Quero soltar o ar que prendo em meus pulmões, assustada, como criança que guarda segredos.
Quero ser intensamente e parar de estar esporadicamente.
Quero saltar do penhasco, dizer que confio.
Quero coragem se misturando no meu sangue, a capacidade de dizer "fica mais um pouco"
Quero correr até o peito doer e as pernas não aguentarem, correr pra alcançar aquilo que quero junto de mim.
Gritar! Até a garganta doer, sem medo, culpa ou dor. Gritar de saudade, gritar de amor!
Parar com subjetividades e declarações indiretas.
E mais que tudo isso, quero ouvir o vento trazendo o sussurro do meu nome vindo de algum lugar de longe. E que o sussurro tenha vindo de um grito sonoro e estridente, de um lugar longe, dos lábios seus...

domingo, 27 de janeiro de 2013

Parceria!



É isso aí pessoas! O CarolinaScaldelai em parceria com o Nathatnight inicia hoje um concurso de divulgação!
Todo mundo sabe que quem escreve é gente que precisa de atenção!
E NÓS NÃO ESTAMOS TENDO ATENÇÃO! :(
Isso pode traumatizar uma criança. Pra evitar isso, precisamos da sua ajuda! Em recompensa vocês ganharão um jantar feito por nós! (OOOOH)
Ei! Pode parar de rir! E não nos subestimem! Pra quem não sabe, eu e a Nath somos formadas em gastronomia!
Verdade, olha aqui:


Opa, pera! FOTO ERRADA!
...


A-HÁÁÁ! agora sim!
Então é isso galera! Se liga nas regras agora!:

Regras:
1. O resultado do concurso sairá dia 30/03/2013, qualquer pessoa física pode participar. (É, não é dessa vez Totó, não faremos comida pra cachorros.)
2. Serão elegidos 02 (dois) vencedores. O critério será a quantidades de pontos somadas até o dia 28/03, ate as 23h59. Não é sorteio, é concurso.
3. Os vencedores são referentes aos blogs individualmente: um vencedor pelo carolinascaldelai e outro pelo nathatnight.
4. Comentários aleatórios, sem conteúdo, serão desclassificados (tipo "mshjap")
5. Não adianta comentar um milhão de vezes no mesmo post. Com a exceção de que se inicie um diálogo com mais pessoas nos comentários. Aí tá valendo, portanto que não sejam comentários consecutivos tipo "oi" "tudo" "bem" "com" "você?".

6. Será válido o comentário em qualquer publicação, mesmo as antigas, a partir de amanhã (dia 28/01/2013)
7. O critério de avaliação do comentário, cabe a nós duas.
8. Os dois vencedores poderão escolher entre dois endereços: um em São Bernardo do Campo e outro em Vila Cecília, São Paulo.
9. O jantar será realizado num mesmo dia, para os dois vencedores, dia 06/04 por nós duas :D
10. O cardápio a gente escolhe. Caso haja alguma restrição alimentar, os vencedores devem nos comunicar antecipadamente.
11. Não nos responsabilizamos por qualquer intoxicação alimentar :P

(Sujeito a alterações!)

É isso aí meu povo! Comentem! *---*

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Antes de dormir...

- Pensei que você tivesse medo do escuro...
- Eu tenho.
- Você não me parece assustada.
- Como se você não soubesse o porquê.

E mesmo sem ver nada, eu sabia que aquele sorriso de canto estava lá. E, satisfeito com minha resposta, me beijou a testa, os lábios e, por fim, me aninhou mais ainda em seu abraço.



Com participação especial <3



:)

E de repente meu mundo ganha um sorriso. Um sorriso apenas? Não. O sorriso.
Cada lembrança minha carrega a imagem de seus olhos quando acordam.
Todo som a minha volta tem a sua risada ao fundo, e todo gesto tem seu toque encontrando a minha pele.
Toda minha angústia me traz a lembrança do conforto do seu colo e cada momento de ilusão me traz a tona sua paciência.
Cada devaneio tem seu nome estampado, cada sonho, cada sono e cada insônia tem sua imagem num travesseiro ao meu lado.
Cada medo acompanha seus dedos tirando uma mecha de cabelo da frente de meu olho, que até lá encobria minha visão.
Cada cheiro que ficou em minha roupa traz consigo o teu corpo junto ao meu, quase que num nó.
E cada pensamento... Aaah meus pensamentos. Cheios de sorrisos, de olhares, cheios de confortos e consolos, compreensão e paciência. Cheios de cheiros, piadas, sabores, afagos, singularidades. Pensamentos que provam a existência de algo distinto. Transbordado de amor. Cada um deles carregados de cachos, quilos, quilômetros e fardos enormes de você.

domingo, 13 de janeiro de 2013

(O que eu quero dizer sob minhas reticências)

Onde existem dois, veja bem, dois pertencendo um ao outro, de corpo, coração e alma, não haverá espaço pra um terceiro. Não haverá parte deles em outro. Nunca serão de mais ninguém.
Um par. Uma dupla de seres com ligação insubstituível. Com o encaixe perfeito. Com permuta incomparável.
Muitos "Te amo's" poderão ser proferidos através de suas bocas, direcionados a outros alguéns que não sejam o seu Amor. Mas veja bem. Bocas mentem. E só o "Te amo" dito com os olhos é que é o verdadeiro. Aquele que não necessita de um movimento sequer dos lábios. Que não necessita de explicações, argumentos muito menos esforço para tornar-se convincente.
O "Eu te amo" dos olhos tem um dono eterno. O par. E tão simples assim, recebe resposta recíproca através de outro par de olhos tão amantes quanto os seus.
O "Eu te amo" alheio, dos lábios, serve para vendar o próprio coração de uma verdade já conhecida.
Perdão àqueles que passaram e passarão entre os dois. Por maiores os esforços, as circunstancias e a vontade de se perderem um do outro, eles se pertencem. Notável e visivelmente.
Haverá aqueles que tentarão salvá-los um do outro. Sim, "salvá-los". Pois a catástrofe é iminente. É uma questão lógica que tal combinação não seja desastrosa.
E é, realmente. Mas o que não entendemos é que o caos pode ser a origem de algo maior. O caos é necessário em algum ponto de nossas vidas. Tentar detê-lo é praticamente inevitável, pois a partir daí, se não enfrentarem juntos tamanha bagunça, será apenas uma bagunça dividida pela metade. Bagunça essa que carregarão no peito e afetará todo o restante. Tudo ao seu redor. O Caos é inevitável. A sua resolução, não.
E não depende de nós, meros apaixonados, resolver bagunça alheia. O encantamento e o desejo que tornar-se o seu novo pupilo, não supera a força da ligação dos dois. Como eu já disse, onde há um par, não existe espaço pra terceiros por muito tempo...
E não haverá coração mais despedaçado do que aquele que for machucado por seu par. Não, não será o seu, o meu, o dela ou daquele outro que passou por um daqueles dois.
E não haverá amor mais feliz do que entre os mesmos dois.
A trajetória pode ser bagunçada, tortuosa e confusa. Mas está na mesma proporção e condição que eles são e estão. Na proporção que os dois precisam para crescerem juntos.
A bagunça está lá. Sempre estará. A paixão, a irritação, as risadas e sorrisos também.
Não existem aí bifurcações que não se unam novamente no final. Não existe outros donos para os olhares carregados de apaixonados "Eu te amo's"!
Existe um par. Afins de forma única e controversa. Opostos de um mesmo ser, dividido em dois. Amam-se há mais tempo do que a gente imagina. Estão juntos há mais tempo do que se amam. A história deles é maior do que compreendemos.
E apesar da convivência entre os dois ser praticamente uma necessidade, o fato de quererem estar juntos é uma escolha.
E felizmente pra uns e infelizmente pra tantos outros, não mudarão de ideia tão fácil.
Um par.










quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

TEMPO

É tempo de deixar o tempo agir.
Tempo de deixá-lo trabalhar.
Chegou a hora de entender o que não vejo por fechar os olhos forte demais, não querer enxergar.
Deixa o vento varrer cada segundo, cada momento, mexer em cada mecha de cabelo.
Deixa eu aprender a tomar conta de mim.
Cuidar de mim.
E depois o tempo me ensina a fazer isso pelos outros.
Vem.
Abri a janela. As portas.
Revigora esse ar cansado. Usado. Que eu tanto insisto em respirar.
Encha meus pulmões com ar limpo.
Me ajuda a compreender o que é tão fácil e mesmo assim, dói tanto.
Que alma frágil. Que sentimentos caóticos.
Que insistência em sentir tanta coisa não construtiva.
Chega disso. Equilíbrio.
Não é um jogo. Não é um livro. Não é um filme.
Sou eu. Tá na hora de entender isso. Eu.
Não só "eu". Cada indivíduo em si.
Muito mais complexo que um enredo, roteiro, história, canção.
É muito mais.
O mundo é muito mais que isso, Carolina.
Tá na hora de amadurecer o que você tanto carrega consigo.
Hora de aprender.