segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Corpo que fala

Meus olhos tem saudade.
Do teu sorriso,
Do teu tom de castanho,
Das paisagens que dividi com os olhos teus...

Minhas mãos sentem falta da sua pele,
Do teu rosto,
Dos teus dedos entrelaçando os meus.

Meu corpo ainda tem teu cheiro,
Tuas marcas,
Os arrepios que você causou.

Minha boca ainda guarda tuas risadas,
Teus beijos,
Tua poesia.

Minha cabeça ainda faz planos.
Ainda faz drama.
Ainda faz de tudo pra não esquecer cada segundo vivido ao lado teu.

Meu coração...
Ah, meu coração.
Esse tá perdido.
Não encontrou o caminho de volta desde que decidiu ficar contigo.

sábado, 26 de setembro de 2015

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Infração

Foi preso por desacato.
(não seguiu as ordens do coração)
Foi condenado a uma vida cheia de saudades do que poderia ter vivido.
Chorou. Preferia pena de morte.
Não foi por falta de querer ou de tentar.
Pelo contrário.
Eu quis tanto que tentei de tudo.

domingo, 20 de setembro de 2015

Carta escrita a mão

Hoje escrevo àqueles que tem olhos perdidos no espaço.
Aquele olhar sem foco, sem noção do tempo.
Escrevo praquele que no meio do dia, sem aviso, tem sido tomado pela sensação esmagadora de que o mundo está caindo.
Praqueles que pensam em desistir.
Não desistam, por favor.
Mantenham-se firmes por mais que o peito aperte.
Por mais que os olhos vazem.
Que as pernas tremam.
Que a cabeça pese.
Que a mente fique obcecada com pensamentos que incomodam.
Por mais que o amanhã pareça incerto, continuem, por favor.
E mais que isso, mantenham-se sonhadores.
Não contentem-se com apenas sobreviver.
Por passar pelos dias.
Almeje ser feliz.
Coragem...
Eu sei que é difícil.
Juro que sei.
As vezes é complicado sair ileso de um dia comprido sem desmoronar.
Mas não há nada no mundo pior do que uma vida vivida sem vontade.
Sem vontade de sorrir.
Então por mais absurdo que seja, garanta que está fazendo a coisa certa.
Não porque te dizem que é certo, mas porque você sente isso, no fundo do seu coração.
No final vai ser isso: seu coração te perguntando se valeu a pena ou não.
Segura a minha mão.
Olha no meu olho.
Presta atenção.
Eu escrevo pra você:
Existe uma razão. Sei que existe.
Existe um motivo pra você se sentir assim.
E que se você pudesse, você evitaria tudo isso.
Mas sei que existe algo que te faz feliz.
Muito feliz.
Lembra?
Viu? Eu sabia que te faria sorrir...
Agora, solta a minha mão.
E vai atrás disso aí.
Continua.
Levanta.
Recomeça.
Reaprende.
Encara o que vier.
Ignora o que vão gritar pra você.
Corre, antes que seja tarde demais.
Vai atrás do que te faz feliz.
Vai com medo mesmo!
Vai doendo!
Vai arriscando!
Vai com a última fagulha de esperança que existe em você.
Mas faz valer a pena.
Ninguém mais pode fazer isso por você.
O tempo... Ele nunca mais vai voltar.
Talvez essa seja a maior chance da sua vida.
Dê o primeiro passo.
Pega o embalo.
Logo você vai dar o segundo, o terceiro, o quarto...
E quando se der conta, estará vivendo a melhor viagem da sua vida.
Vai. Eu confio em você.
:)


(Obrigada por ter segurado minha mão e ter me lembrado de sorrir. Não vou desistir também. Até mais. Boa viagem.)

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim...,

Hoje me peguei com aquela lembrança viva, com cheiros de perfumes misturados, com cores banhadas com o prata da lua, com o calor da minha pele na sua.
Passei o dia revivendo a noite que brincou de ser sonho. A primeira noite que se estendeu em duas, três, quatro... E me lembrei de todas, uma a uma tantas vezes que pareceram mil.
Pensei em tudo que revivi dentro de mim. Tudo que eu pensei que não iria mais sentir e tudo que eu nem sabia que tinha matado dentro do peito. Colhi as flores que você plantou na minha alma, aquelas nas quais você regou com a tua própria.
Senti saudade da permuta e das certezas tão confusas. Dos sussurros e sorrisos estendidos pela noite toda, despertados no silêncio de olhares que tanto conversam entre si...
Lembrei, sonhei. E desejei ter forças pra seguir ao mesmo tempo que desejava reviver tudo de novo...

"Eu sei não é assim, mas deixa eu fingir e rir... "
(Cantado ali, no teu peito, entregue. Lembra?)