quinta-feira, 30 de junho de 2016

Saudade de essência...

Sou do tipo de pessoa que se apaixona fácil. Um sorriso, um cafuné, um olhar demorado e pronto.
Desapaixonar que sempre foi o problema.
Pra mim, todo amor é eterno, é infinito.
Já perdi a conta de quantos grandes amores eu já tive.
Mas não se engane. De todos eles eu me lembro bem do melhor.
E entre tantos "amor da minha vida" só um foi capaz de ser amor da minha alma.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dos invisíveis

O reflexo me mostrava cores bem mais belas do que a janela.
Olhei pra trás. O que vi, foi uma propaganda de celular na traseira do ônibus.
Voltei a olhar o reflexo.
Eram tons de laranja e rosa.
Um por do sol invisível.
Beleza escondida dos olhos desatentos.
Sorri.
Pensei nas coisas que nos acontecem, oportunidades tão similares àquele por do sol. Magia e encantamento oculto. A mostra apenas pros que se demoram no improvável...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Espera.

Andei pensando sobre o que andamos pensando nos últimos dias. 
Andei refletindo no real motivo de nossas lágrimas. 
Sobre o que permeia nossa confusão. 
Andei refletindo sobre a segurança de nossas certezas, sobre o medo de nossas dúvidas. 
A gente acaba apelando pros Cosmos, pedindo ajuda pro Universo. Pede resposta pra perguntas que nos tiram o sono e apertam o peito. 
A questão é que na maioria das vezes são justamente essas respostas que o coração já nos deu. Mas é difícil enxergar o óbvio quando insistimos em arranjar detalhes desnecessários pra complicar o que já sabemos. Porque as vezes a resposta pode exigir mais atitude do que a pergunta... As vezes é complicado lidar com o que o coração nos diz. 
É... É complicado.
E é complicado tentar pensar como outro...  Ou melhor: é doloroso ficar supondo que o outro pensa tão diferente quando temos a prova contrária disso quando se está junto. 
É essa a verdade. As coisas ficam todas difíceis quando se está separado. Mas quando se está junto de quem se ama... Bem... Pra ser sincera, tudo continua difícil, mas pelo menos é um difícil mais bonito, leve e colorido. 
É mais fácil ter coragem quando existe uma mão pra segurar, mesmo que na beirada de um penhasco, entende? 


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Caixa de Pandora


Sentia-se parte de lugar nenhum.
Via-se como peças tortas de um todo confuso demais.
Dificilmente as coisas se mantinham em ordem e os dias permaneciam com sentido.
Era fácil demais perder-se em si. Era fácil demais querer ir embora de um lugar que não se encaixa.
Até que esbarrou em outro alguém. Alguém que expôs uma realidade tão sinuosa quanto a sua.
Sem muita escolha, os caminhos retorcidos foram misturando-se.
Passaram a caminhar juntos por aqueles percursos. Reconhecendo o novo. Dividindo os passos fatigados. Conhecendo as paisagens do outro. Contemplando a singularidade existente naquela caminhada que lhes parecia tão familiar. As vezes não sabia-se mais qual era emaranhado de quem. Era um labirinto.
Um labirinto onde estranhamente sabiam o caminho... Pela primeira vez.
Com muita tentativa, alguns erros e tantos acertos passaram a entender a confusão do outro. Passaram a cuidar da travessia do outro. Passaram a enxergar que faziam parte que algo essencial, especial e único. Algo que só eles entendiam.
Pela primeira vez entenderam que suas peças tortas eram partes de um mesmo quebra cabeça que só agora passara a se completar. Só agora passava a fazer sentido, criar imagens.
Era naquele labirinto que sentiam-se encontrados.
Era encaixando suas peças que entendiam que estavam no lugar certo.
A cada curva do labirinto, descobriam um novo pedaço do quebra cabeça. Havia magia e encantamento nos becos e passagens, quando descobriam peças novas que se encaixavam. Quando descobriam que juntos, até a curva mais torta, era bonita.
O tempo foi passando.
Tinham a leve impressão que seu quebra cabeças não tinham fim. Que seu labirinto não tinha saída. Mas eles também não tinham pressa.
E ali estava a maior bênção ou a maior maldição dos dois.


terça-feira, 14 de junho de 2016

A história do reencontro de almas-irmãs.

Minha alma se desenlaçou de sua vestimenta e naquele instante o espaço tornou-se etéreo. Não havia mais corpo. Não havia mais Tempo.
Mirei.
Encontrei.
Reconheci aquela essência antiga que a tanto tempo se ligava à minha.
Como num delírio de saudade, numa sensação de miragem, o brilho ressurgiu.  Num idêntico deslumbramento, se refletiram, semelhantes.
Toque.
Ambas essências se fundiram. Se transformaram na pureza do amor transcendente que tanto partilhavam.
Cores.
Luzes.
Sons.
Memórias de tantas vidas recordadas como se fossem uma só... Aliás. Comparadas a eternidade de uma alma, há uma vida só realmente.
Por fim, o reencontro do que nunca se separou.
Por fim, um novo começo.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

12/06

Acordei no meio da noite com aquele abraço me encontrando enquanto ele ainda dormia...
Logo me envolveu, se encaixou aos meus contornos e só então voltou ao seu sono profundo.
Sem saber, ele me arrancava sorrisos toda vez que fazia isso.
Sem saber, eu tinha mais certeza da felicidade que vinha sentindo.