domingo, 26 de maio de 2013

FIDES

FIDES... do latim, "fé".

O que caleja as dores pra enfim, drená-las do corpo e da mente.
Aquilo que te faz acordar sorrindo e ir se deitar com pensamentos leves.
Fé. Quem diria. Palavrinha pequeninha presente na minha vida desde sempre. Ou seria melhor dizer "presente aos meus olhos desde sempre"?
Na verdade, temo que nunca vivenciei de verdade tal sentimento em sua plenitude. Também, quem dera. Dizem que o tal sentimento é o mais complicado de se alcançar.
Mas parece simples, não? Acreditar que aquilo tudo o que se vive, no futuro será ainda melhor. Se está ruim, vai melhorar. Se está bom, ficará ainda melhor. 
Sim, a vida tem seus picos e suas depressões, mas é importante crer que, os picos tendem a crescerem cada vez mais, enquanto as depressões tendem a diminuir. Claro que isso não é uma verdade absoluta. Mas é uma condição absoluta a partir do momento que se adiciona a fé. Com ela, você passa pelas dificuldades de forma mais confiante, mais feliz, diminuindo a proporção do seu desgaste físico e emocional durante o momento dificil e potencializando os bons cada vez mais.

Ok. Parte teórica assimilada.
Mas na prática... 

Pra complicar ainda mais:
Analisando a evolução da palavra FIDES, chegamos a palavra FIDERE: "acreditar, crer".
E podemos chegar a conclusão óbvia que só podemos acreditar quando temos fé. 
(Ressaltamos aqui que a palavra Fé nada tem a ver com religião. Todo ser humano tem Fé em algo, nem que seja em si mesmo. Mas nem sempre exercita a Fé em sua plenitude)

Até aí, ótimo. Agora vamos ao ponto x que me fez escrever algo depois de semanas.
CUM (origem do nosso intensificativo "com") com o nosso FIDERE ali em cima citado, formamos a CONFIDERE ( “acreditar plenamente, com firmeza”) e por fim traz a nossa CONFIDENTIA.

CONFIDENTIA. Nesse ponto alguns já devem ter entendido onde eu quero chegar com tanto latim (afinal, quem melhor do que eu pra fazer firula e enfeitar o que realmente precisa ser dito?)

CONFIANÇA.
E o tal do ponto x: DESCONFIANÇA.

No dicionário a palavra Desconfiança devia vir explicada como sinônimo de Agonia.
Agonia que aperta o peito.
Agonia que engrandece qualquer fato insignificante.
Agonia que fica martelando na cabeça na hora de dormir.
Que destrói boas conversas, que faz você não ter vontade de criar o contato ocular.
Que te torna apático, inseguro e distante.
Que destrói.
Que está lá por algum motivo inicial concreto, mas que cresce exageradamente a cada mínimo sinal de que ela ainda tem motivos pra estar lá.

Sim. Fé e Confiança.
É a falta desses dois fatores que anda deixando meus caminhos menos coloridos e com menos sorrisos.
Cabe a mim agora, sim AGORA, tomar as rédeas da minha vida. Tornar-me independente, tornar A MINHA FELICIDADE independente.
Independente de fatos.
Independente de lugares.
Independente de momentos.
E independente de pessoas.

Felicidade tem que partir de dentro. Tem que fazer cócegas sem precisar de mãos.
É confiar em si.
Indispensável a partir daí a Fé no destino, no acaso, na vida, em Deus ou em qualquer coisa superior a nós.
Aí tudo fica leve.

É isso aí. Minha vida agora tá de dieta.
Só tá livre o consumo de Fé e de Confiança.

Por que aí, lá no final, a palavra PERRENGUE não vai passar de uma palavra engraçada pra fazer a gente rir mais um pouquinho, né?