sábado, 13 de julho de 2013

E talvez...


Palpite...

Daquela bagunça ajeitada

E talvez o descanso não me baste por fim. Talvez eu precise mesmo é desse turbilhão aqui dentro. O silêncio, a quietude sempre deixaram a desejar, sempre aumentaram buracos que eu insistia em tentar preencher...
O que me resta então é aprender achar o olho do furacão, o espaço de calma que existe em todo o emaranhado do meu ESTAR... Do meu SER...
A bagunça, o caos, a mudança e a renovação está trançado feito raiz de árvore centenária em cada fibra de mim.
E cá entre nos, se fecharmos bem os olhos, se prestarmos atenção no que a alma tenta nos dizer, veremos que o barulho que ecoa, na verdade é música. Música repleta de detalhes, de peculiariedades, complexa e linda, mero reflexo do universo particular que carregamos em nós...

(Falta)Sono


Dele...

Surgia pelas pontas dos dedos o afeto. Emaranhava-se em mechas cor de cobre, contornava os lábios e tocava-lhe as curvas.
Os olhos, tão negros quanto a escuridão daquela sala, fixavam-se em cada pista que aquele rosto podia dar.
Os beijos vinham carregados de sinceras declarações. Tentava a todo custo tirar-lhe os medos, provar que nada do que acontecesse o tiraria dali.
Procurava naqueles olhos cor de mel aquela certeza de que estava tudo bem, que na pesagem final, tinha feito tudo certo. Em meio a tanta insegurança, em meio a tantas tentativas de ficarem impassíveis, aqueles olhos relampiavam a grande prova de que ela ainda estava ali com ele, de alma e coração.
E de repente aquela risada estourou e o som inundou aquele espaço de luz.
Aninhou-a ainda mais no seu abraço e desejou que aquele encaixe perfeito nunca mais precisasse ser desfeito. O brilho estava ali. Não importava outra coisa naquele momento. Fechou os olhos e sentiu o calor daquele corpo. Embora não estivesse passando mais nada na tv, sabia que qualquer um que os visse, conseguiria ouvir uma trilha sonora ali.
E percebeu, como se tivesse sido pela primeira vez, que tinha em seus braços o artefato mais sensível e mais resistente de todo o mundo. E que era isso tudo, todo o conjunto com suas falhas e afagos, erros e risadas, babaquices e as brincadeiras, as implicâncias e as piadas que o fazia feliz. Que os faziam inteiros.