quinta-feira, 4 de abril de 2013

Cabeças não pensantes que acham que pensam...

Ah, pronto. 
O brasil detestava o axé, mas agora que Daniela Mercury assumiu ser gay, a galera sai na rua de abadá, sendo que o trabalho dela é o mesmo, a quantidade de músicas que ela lança é a mesma.
Começar a admirar uma pessoa só porque ela é gay é a mesma coisa que descriminá-la pelo mesmo motivo. 
Tem gay que tá fazendo o mesmo papel dos homofóbicos, representando um outro lado.
E isso não é de hoje e eu não vi acontecer só com a Daniela. 
Pelo amor de Deus. Uma pessoa não é interessante só por ser gay. Nem inteligente, nem mais cabeça aberta. Uma pessoa não precisa desses requisitos pra ser gay. Ela é gay porque gosta de pessoas do mesmo sexo que ela. PONTO.
O que vem por consequência disso é outra história.
Agora virão 300 chatos da timeline me encher o saco por inbox, me chamando de preconceituosa, sem nem me conhecer pra falar alguma coisa. Sou mesmo. Preconceituosa a ignorância! Ficar postando frases da cantora, imagens e idolatrias PORQUE ELA É GAY? Tenha santa paciência.
Sou mais eu nessa parada. Tatuar o nome da "Sandrona Travesti" ninguém quer.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A fala e sua não-habilidade de dizer

Engraçado quando paramos pra refletir (verdadeiramente) e percebemos como a nossa forma de comunicação mais precária é a nossa fala.
São milhões de palavras inúteis quando trata-se de expressarmos a intensidade de um ser. A intensidade que somos nós.
Além disso, palavras são manipuláveis. São controláveis... Palavras mentem.
É fácil representar através da fala. É fácil vestir máscaras através da nossa voz.
Foda é disfarçar um par de mãos suadas, um bambear de pernas, um piscar de olhos mais acelerado, um tic nervoso.
Estamos condicionados a acreditar nas palavras por serem a forma mais óbvia da comunicação. Mas esquecemos que pode vir a ser a mais falha.
A boca fala, os olhos desmentem.
A voz diz e um morder de lábios condena.
As palavras soam e um passo pra trás contradiz.
O corpo é capaz de nos dizer as verdades que insistimos em ignorar.
As palavras pouco falam. O corpo grita as mensagens que nós realmente queríamos dizer.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Olhares carregados de mundos inteiros...

Os olhos procuram, em meio a tantos outros olhos, um par específico, aquele capaz de fazer com que o brilho venha a tona, que se tinja do colorido da iris, que faça com que as pupilas dilatem e o coração acelere...
Aqueles olhos que não se bastam e não se contentam em serem apenas olhos. Querem ser palavras, querem transbordar sentimento.
Olhos que leem pessoas, leem almas.
Olhos que em segundos mostram a ânsia em decifrar o mundo, conquistar a simpatia do universo.
Gente que tem um olhar quase palpável, tão carregado de vida, seja essa vida qual for.
Olhos que mesmo no meio de uma multidão, destacam-se e em um cruzar, sustentam-se em outros olhos emanando impulsos elétricos e reconhecendo nossa essência. Um cruzar que parece durar uma vida toda, quando na verdade, não temos a sorte de que dure mais que alguns segundos...
Olhos que mexem com um corpo inteiro. Uma alma toda.