sábado, 15 de abril de 2017

A tal da indiferença

Tu me dizia "tô com saudade", mas nunca aparecia, e eu percebi a quantidade de muralhas que eu construí pra me proteger das tuas idas e vindas - ou melhor - das tuas ausências.

O peito que afunda a cada ficha que cai...
"Eles tinham razão?"
"Você sabia que promessas não cumpridas são como mentiras mal contadas?"

Ainda assim, a gente quer acreditar.
E de novo e a gente volta a fingir que nada aconteceu.
E de novo acontece.
E de novo a gente finge.
E de novo.
De novo.
E de Novo mesmo não tem nada nesse ciclo vicioso.
E por você tudo bem.

Mas eu tenho fragmentado a saudade em pequenos pedaços. Pedaços minúsculos o suficiente pra eu conseguir enterrá-los em desertos onde não quero mais estar. Pedaços tão pequenos que vistos assim, nem parecem o monstro que são.

Tem sido questão de tempo.

Quando tu fala de saudade, eu já não acredito mais.
Cada vez que tu não vinha,
eu sentia menos falta de você.

Eu sinto muito.
Sinto demais.
Sinto o tempo todo.
E finalmente passei a sentir o que você sente também. A tal da indiferença.
Porque palavras são lindas, intenções, admiráveis. Mas nada supera a verdade dita nas atitudes de alguém.




sábado, 8 de abril de 2017

Invencionices e aflições

Custei a dormir,
quase amanhecia quando
finalmente o fiz.
Pouco durou.
"TRIIIIM!"
Desperta-dor.