E
talvez o descanso não me baste por fim. Talvez eu precise mesmo é desse
turbilhão aqui dentro. O silêncio, a quietude sempre deixaram a desejar,
sempre aumentaram buracos que eu insistia em tentar preencher...
O
que me resta então é aprender achar o olho do furacão, o espaço de
calma que existe em todo o emaranhado do meu ESTAR... Do meu SER...
A bagunça, o caos, a mudança e a renovação está trançado feito raiz de árvore centenária em cada fibra de mim.
E cá entre nos, se fecharmos bem os olhos, se prestarmos atenção no que
a alma tenta nos dizer, veremos que o barulho que ecoa, na verdade é
música. Música repleta de detalhes, de peculiariedades, complexa e
linda, mero reflexo do universo particular que carregamos em nós...