terça-feira, 27 de outubro de 2015

Isso dá samba!

Eram clichê por inteiro.
Da cabeça (dela) aos pés (dele).
Eles conversavam sobre amor num dialeto que só os dois entendiam. Quem passasse perto com certeza pensaria que estivessem falando sobre arte, música, poesia ou que talvez não estivessem falando nada, que estivessem em silêncio. Mas eu juro. É sobre amor. É sempre sobre amor!
Além disso, não duvide, pode acreditar: as risadas deles se confundiam e enquanto isso mal se sabia quem aproveitava mais o colo de quem.
Notei que ela tinha um jeito de olhar diferente quando olhava pra ele. Era como se os olhos dela virassem um par de pôr do sol. E talvez fosse por isso que justo esse olhar era o preferido dele. Ele sabia que aqueles sóis eram dele... De presente ela ganhava aquele sorriso. Aquele sorriso que, adivinhem? Pois é... Também era só dela.
Quando um dizia que estava com saudade, o outro sabia de qual saudade se dizia.
Quando tinha algo de errado com um, mesmo de longe o outro já sabia.
Uma vez eles se perderam um do outro. Tiveram a chance de não se encontrarem mais. Parece triste, né? Tinha muita gente pra atrapalhar, realmente. Mas aposto que você já sabe o que acont... ISSO! Ele a esperou. Ela o encontrou. Como se fosse a coisa mais fácil do mundo! Não importa a multidão. É incrível como eles encontram um ao outro se encontram um no outro.
Justo ele, instável como era, encontrava equilíbrio com a inconstância dela.
Justo ela, inconstante como era, começou a falar sobre "todo dia" toda vez que o assunto era ele.
Mas que diacho acontece que mesmo assim parece que essa história tem um fim?
As vezes acontece. As circunstâncias embaralham as coisas que tem tudo pra dar certo.
História sem futuros.
Amores de agoras.