sábado, 3 de outubro de 2015

Entrelinhas

Acordei no meio da noite com o barulho da tempestade.
Parecia que desmoronava o mundo, que o céu tinha desistido de ficar no alto.
Ouvia tudo estremecendo.
Vez ou outra um trovão gritava como se tudo tivesse chegado no limite... A chuva escorria sem parar e as nuvens cobriam o infinito do céu, limitando a imensidão do universo, dando a impressão que não havia mais nada além da tormenta.
O vento gelado era cortante.
Eu estava cansada e ainda assim, não conseguia voltar a dormir... Não dava pra ser indiferente ao que acontecia lá fora dentro de mim.