quarta-feira, 12 de julho de 2017

Ninho

Hoje me dei conta da falta que faz um abraço.
Dos corações colados, dos braços emaranhados, da cabeça recostada.
A falta que faz uma companhia, um amigo, um sorriso.
Me dei conta que há tempos eu não abraço. Um abraço de verdade, sabe? Aquele abraço-imã, apertado, que alivia o peso de mil vidas, abraço-alma, abraço-casa, abraço-asa...
"Por quê?"
Hoje eu acordei sozinha. Casa vazia. Acho que por isso tirei o dia perdida em pensamentos.
Assisti uma série na TV e nela dois personagens quase se abraçaram... Não me leve a mal, mas um quase abraço é pior que abraço nenhum. Entendem o que eu digo? Aliás, todo "quase" é incômodo demais pra mim...
Gosto do que é inteiro, que transborda, que esquenta, que ilumina, que explode, que transforma. Inclusive, abraços.
"Cadê?"