quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Fotos espontâneas, risadas instantâneas

Eu sei que eu deveria ir embora. Cumprir minha palavra e dar o fora o quanto antes. Mas fiquei praticamente refém dessa sintonia.
O que levo no peito é uma leveza sem fim. Na cabeça, os bons momentos e nos pés, o vento...
E sabe... Talvez isso acabe um dia e por fim, o tempo me leve embora por conta própria. Mas enquanto isso eu fico. Fico por gostar das horas passando depressa e com graça. Fico pelas risadas que ficaram eternizadas nas fotos. Fico pra aquarelar teus mistérios. Fico por gostar da sua cara confusa quando faço jogo de palavras. Por gostar da sua voz saindo do telefone de madrugada. Fico pelo aconchego do abraço longo e apertado. Pela sua poesia que rima tão bem com a minha, mesmo que sem querer.
Fico porque não me faz mal algum. Porque meu riso vem do que temos e não depende de planos, possibilidades, futuro ou nada assim. Por cada mini momento que tem por consequência uma euforia que permanece por horas, dias e semanas dentro de mim.
Eu deveria ir embora. E você também deveria, antes que a gente acabe estragando tudo.
Mas fazer o que... Fico. Fico porque quando tô aí, parece que seus olhos adiam o "tchau" até quando possível, conversando com os meus numa linguagem exclusiva. E fico principalmente porque gosto como me olha quando está gostando de ficar por aqui.