quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O amanhã de hoje

Vez ou outra me pego repontuando músicas, descobrindo ambiguidades, interpretando olhares.
Não há um momento sequer onde eu não esteja resignificando algo que parece óbvio. Ou tentando desvendar pessoas e momentos  indecifráveis.
Olhos que mudam de cor, sorrisos escondidos nos cantos dos lábios. O pôr do sol laranja e rosa, bolhas de sabão e estrelas cadentes. Na minha cabeça tudo soa como verso e poesia. O mendigo do viaduto, o casal apaixonado no parque, o vira lata e a criança.
Pessoas e suas rimas. Olhares e sonetos.
Tudo que pode ser dito sem o uso da palavra.
Enquanto isso, eu só observo. Imagino a história que cada coisa carrega consigo.
Invento e reinvento o futuro, brincando de Deus.
Como é bom saber que existem inúmeras possibilidades. E como é estranho imaginar o poder que as escolhas carregam.
Passo madrugadas inteiras dando liberdade pra minha cabeça pensar o que quiser, é quando eu me perco em histórias alheias e viajo pra vidas que não existem. E é ai que minha mente mostra quem tem o controle de quem. Deitada no escuro, refém das cores da minha imaginação.