Olhos de estrela, pensamentos de papel. Coração-buraco-negro, mãos de alcançar céu. Vento nos cabelos entre brisas de verão. Um sorriso de segredo pelas histórias que se vão. Nesse mundo passageiro, tudo passa e pouco fica. É no canto do guardanapo que a poesia se eterniza.
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Crônicas da madrugada #3
- Você tem coragem?
- As vezes... Sabe, eu ac...
- Sei. (e me olhou tão lá no fundo que eu me senti como se não vestisse nada)
- Sabe?
- Sei. (uma pausa sustentada por fatos de alma. Desviou o olhar. Agora observava o sol laranja, quase sumindo no horizonte.)
- Se sabe, por que ainda tem medo?
- Porque coragem não basta! (jogou um graveto longe.)
Fiquei em silêncio...
...
...
- Que difícil.
- É. (eu olhava uma formiga perto dos meus pés, que balançava suas anteninhas e pouco se movia)
- E agora?
- Agora não me preocupa. Me preocupa o depois.